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Resenha

Porão do Rock comemora 20 anos abrindo portas para um novo futuro

Por Felipe Ernani

Em 1998, uma equipe de produtores e 15 bandas que ensaiavam nos subsolos do Plano Piloto de Brasília resolveram colocar a mão na massa e transformar aqueles ensaios em um festival — surgia, então, o Porão do Rock, nomeado sugestivamente em referência ao local de ensaio das bandas. 20 anos e 20 edições depois, quase 700 artistas já passaram pelos palcos do que veio a se tornar o maior festival de rock do Distrito Federal, desde nomes locais até mega atrações como Muse e Suicidal Tendencies.

Nos últimos anos, o Porão não viveu a sua melhor fase. Ainda que oferecesse atrações bem interessantes (como a presença de Elza Soares e Baiana System na edição de 2017), os problemas de infraestrutura e até mesmo a despopularização do gênero que nomeia o festival se tornaram empecilhos no constante crescimento do evento. No entanto, a história parece começar a mudar agora.

Nessa edição comemorativa de 20 anos, o Porão do Rock abriu as portas para um novo futuro. Diversificou as atrações, investiu na infraestrutura para que o evento corresse sem atrasos (até com alguns adiantamentos!) e sem problemas técnicos e aumentou a duração para dois dias. O resultado foi excelente.

No primeiro dia de festival, os palcos principais — localizados um do lado do outro, no mesmo formato do Rock in Rio — contaram com atrações de vários gêneros e localidades. Os principais nomes da noite, CPM 22 e Nação Zumbi & BNegão, já são contrastantes por si só. Mas o contraste vai além, trazendo, por exemplo, a segunda aparição consecutiva do Braza logo depois do rap rock do Pavilhão 9 que se apresentou após a música quase cigana dos brasilienses d’O Tarot.

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Apresentação d’O Tarot no Porão do Rock 2018. (Foto: Felipe Ernani)

Os shows em si tiveram qualidade compatível com o tamanho do festival. O bom público do primeiro dia respondeu muito bem especialmente aos shows do Braza e CPM 22 — este último colocou até o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, dentro de uma rodinha punk. Nação Zumbi & BNegão fizeram um show recheado de mensagens políticas e de alertas importantes, se tornando talvez o show mais impactante da noite. Vale ressaltar também a (ótima) ousadia de recrutar a OBMJ (Orquestra Brasileira de Música Jamaicana), que fez uma apresentação excelente e com repertório variado.

Enquanto isso, como já é de praxe no festival, os fãs da música pesada tinham seu próprio recinto, um pouco afastado dos palcos principais e com uma programação também excelente. Como estava sozinho, foi difícil acompanhar ambos os palcos. Mas consegui assistir ao ótimo show do Project 46, que deixou todos os presentes headbanging do começo ao fim.

No domingo, infelizmente, o público não compareceu tanto quanto no sábado. Naturalmente, o evento concorreu com o festival Green Move, gratuito e com a presença de Pitty e Jota Quest. Porém, as bandas não pareceram se importar: a começar pela Molho Negro, que fez um show irretocável para os poucos que chegaram cedo. Uma constante desse dia, inclusive, foi a manifestação “Ele Não”, que estava estampada na guitarra de João Lemos, guitarrista e vocalista da banda paraense.

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Guitarra de João Lemos, da Molho Negro. (Foto: Felipe Ernani)

O “Ele Não” também apareceu várias vezes no telão durante o show da Lupa, cujo repertório incluiu duas músicas novas e pareceu agradar muito aos (vários) fãs que trajavam os merchs da banda, ainda que tenha sido o único show com alguns problemas técnicos notáveis. Em seguida, a conexão latino-brasileira do Francisco, El Hombre mostrou que segue infalível em animar festivais e, é claro, apresentou a canção Bolsonada que serviu como mensagem e hino da noite.

Por outro lado, no palco pesado, fiz questão de assistir um show pelo qual estava ansiosíssimo: o da banda de hardcore mineira Pense. E, de fato, foi uma catarse do começo ao fim — contando com diversos momentos do vocalista Lucas Guerra descendo para a plateia e, no final, com esta subindo ao palco durante a execução de Eu Não Posso Mais. A mensagem positivista no meio do instrumental agressivo da banda soa como uma lembrança de que no meio de toda essa tempestade sociopolítica atual, existe uma esperança e devemos sempre lembrar dos valores aos quais nos apegamos para manter essa esperança viva.

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Apresentação da Pense no Porão do Rock 2018. (Foto: Felipe Ernani)

Por fim, talvez as atrações mais “arriscadas” da noite tenham sido Cordel do Fogo Encantado e Letrux, nos palcos principais. E foram apostas certeiras: público diferente, comparecendo em peso e renovando as possibilidades do festival para os próximos anos. Porém, a noite acabou com shows de bandas mais tradicionais dentro do circuito do Porão do Rock —o que naturalmente também tem o seu devido valor.  Plebe Rude Barão Vermelho comandaram a festa que terminou com o último show do Matanza em Brasília, que encerrou a noite e parecia estar encerrando, realmente, um ciclo.

E que esse novo ciclo do Porão do Rock possa continuar fomentando a cultura em Brasília por mais 20 (e muitos) anos, abrindo espaço para as bandas independentes locais e trazendo ao público do Centro-Oeste shows cada vez mais diversos e interessantes. Se essa edição servir como modelo, com certeza assim será.

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Agenda de Shows

Face to Face, Ignite e a avalanche hardcore do We Are One Tour

Por Guilherme Schneider | @Jedyte 

Grande semana para os fãs de punk rock/hardcore do Brasil. Nada menos do que cinco representantes gringas vem ao país para uma série de quatro shows: a 2ª edição da We Are One Tour.

Porto Alegre (05/10), Curitiba (06/10), São Paulo (07/10) e Rio de Janeiro (08/10) recebem Face To Face (EUA), Ignite (EUA), Much The Same (EUA),  The Fullblast (Canadá), The Decline (Austrália). Em São Paulo a Pense também se apresenta, representando o HC nacional.

O festival passa ainda por mais cinco países latinos: Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Costa Rica.

Uma oportunidade de ouro de ver tantas bandas interessantes – e que certamente proporcionarão rodas muito animadas em qualquer local.


Segue abaixo informações sobre datas, locais e Ingressos:

5 de Outubro – Porto Alegre @ Cervejaria Rodeio
Ingressos online: https://goo.gl/sfvSfU

6 de Outubro – Curitiba @ Antiga Moohai (Butiquim Pub)
Ingressos online: https://goo.gl/dRqR6k

7 de Outubro – São Paulo @ Carioca Club
Ingressos online: https://goo.gl/hez2px (Ingressos físicos na LOJA 255 na Galeria do Rock)

8 de Outubro – Rio de janeiro @ Teatro Odisseia
Ingressos online: https://goo.gl/R0uzHF


Listamos alguns motivos para você não perder o We Are One Tour!

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Buzina Festival 2: Supercombo, Fresno, Pense, Medulla e mais

Por Felipe Sousa | Felipdsousa

 

Com dois palcos, 30 bandas e mais de 22 horas de shows distribuídos em dois dias, o Buzina Festival  chega para sua segunda edição nos dias 23 e 24 de setembro em São Paulo.

Através da Agência Pindorama o festival nasceu no intuito de dar oportunidade pra novas bandas e evidenciar todo o cenário musical do país. Na sua primeira edição, que foi realizada em abril desse ano e contou com bandas como Scalene, Zimbra e Selvagens à Procura de Lei, o Buzina fez uma bela festa e foi de fato um sucesso, e agora a expectativa é de um evento ainda melhor.

Você pode adquirir online os ingressos no site Clube do Ingresso e acompanhar todas as novidades e programação na página oficial do festival no facebook.

 

Acessa nossa agenda de shows e fica por dentro de todos os eventos que estão rolando.

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Dead Fish, Pense e Manual | Cobertura RIFF

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Pense | RIFFPÉDIA #7

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Pense | Cobertura RIFF

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Top 10: As Melhores Músicas de 2016!

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Conheça todos os vencedores do Prêmio RIFF de Música 2016!

O Canal RIFF viveu neste dia 1º de dezembro o dia mais louco de seus quatro anos de história. Graças a quatro bandas incríveis e mais de 350 pessoas que passaram pelo Teatro Odisseia, no centro do Rio de Janeiro. A entrega do Prêmio RIFF de Música 2016 teve shows lindos da El Toro Fuerte, Def, Hover e Versalle.

A noite reuniu também os produtores e colaboradores do coletivo de audiovisual RIFF. Pelo segundo ano seguido distribuíram troféus para várias categorias – 13 ao todo. Oito nacionais e cinco internacionais.

Os grandes vencedores da noite foram Scalene e David Bowie, cada um com duas premiações. Destaque também para a premiação de ‘Melhor Instrumentista’ para a baterista Larissa Conforto, a única presente que de fato levou o troféu – afinal, Larissa, baterista da Ventre, tocou com a El Toro Fuerte.

Ao todo foram mais de 2500 votos recebidos de todo o país – e de vários cantos do mundo. O RIFF deixa aqui o seu MUITO obrigado a todos que participaram de alguma forma desta premiação! Ano que vem tem mais! :)


Confira abaixo todos os vencedores através do voto popular:

INSTRUMENTISTA DO ANO: Larissa Conforto (Ventre/Xóõ) 

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MELHOR CLIPE – INTERNACIONAL: ‘Lazarus’ (David Bowie)

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MELHOR CLIPE – NACIONAL: ‘Ai, Ai, Como Eu Me Iludo’ (O Terno)

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MÚSICA DO ANO – INTERNACIONAL: ‘Burn The Witch’ (Radiohead)

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MÚSICA DO ANO – NACIONAL: ‘Vultos’ (Scalene)

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SHOW DO ANO – INTERNACIONAL: Guns N’ Roses

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SHOW DO ANO – NACIONAL: Scalene

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ÁLBUM DO ANO – INTERNACIONAL: ‘Blackstar’ (David Bowie) 

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ÁLBUM DO ANO – NACIONAL: ‘Sabotage’ (Sabotage)

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BANDA/ARTISTA DO ANO – INTERNACIONAL: Twenty One Pilots    15241934_10154079314661961_4665252792596435102_n

BANDA/ARTISTA DO ANO – NACIONAL: Pense

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REVELAÇÃO 2016: Plutão Já Foi Planeta 

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MÍDIA DE MÚSICA: Tenho Mais Discos Que Amigos

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Em breve fotos e vídeos do Prêmio RIFF. Siga nossas redes sociais para mais detalhes!