
O Canal RIFF viveu neste dia 1º de dezembro o dia mais louco de seus quatro anos de história. Graças a quatro bandas incríveis e mais de 350 pessoas que passaram pelo Teatro Odisseia, no centro do Rio de Janeiro. A entrega do Prêmio RIFF de Música 2016 teve shows lindos da El Toro Fuerte, Def, Hover e Versalle.
A noite reuniu também os produtores e colaboradores do coletivo de audiovisual RIFF. Pelo segundo ano seguido distribuíram troféus para várias categorias – 13 ao todo. Oito nacionais e cinco internacionais.
Os grandes vencedores da noite foram Scalene e David Bowie, cada um com duas premiações. Destaque também para a premiação de ‘Melhor Instrumentista’ para a baterista Larissa Conforto, a única presente que de fato levou o troféu – afinal, Larissa, baterista da Ventre, tocou com a El Toro Fuerte.
Ao todo foram mais de 2500 votos recebidos de todo o país – e de vários cantos do mundo. O RIFF deixa aqui o seu MUITO obrigado a todos que participaram de alguma forma desta premiação! Ano que vem tem mais! :)
Confira abaixo todos os vencedores através do voto popular:
INSTRUMENTISTA DO ANO: Larissa Conforto (Ventre/Xóõ)
MELHOR CLIPE – INTERNACIONAL: ‘Lazarus’ (David Bowie)
MELHOR CLIPE – NACIONAL: ‘Ai, Ai, Como Eu Me Iludo’ (O Terno)
MÚSICA DO ANO – INTERNACIONAL: ‘Burn The Witch’ (Radiohead)
MÚSICA DO ANO – NACIONAL: ‘Vultos’ (Scalene)
SHOW DO ANO – INTERNACIONAL: Guns N’ Roses
SHOW DO ANO – NACIONAL: Scalene
ÁLBUM DO ANO – INTERNACIONAL: ‘Blackstar’ (David Bowie)
ÁLBUM DO ANO – NACIONAL: ‘Sabotage’ (Sabotage)
BANDA/ARTISTA DO ANO – INTERNACIONAL: Twenty One Pilots
BANDA/ARTISTA DO ANO – NACIONAL: Pense
REVELAÇÃO 2016: Plutão Já Foi Planeta
MÍDIA DE MÚSICA: Tenho Mais Discos Que Amigos
Em breve fotos e vídeos do Prêmio RIFF. Siga nossas redes sociais para mais detalhes!
A cerimônia de entrega do 2º Prêmio RIFF de Música será na próxima quinta-feira, dia 1º de dezembro, no Teatro Odisseia (RJ). Além de anunciar os vencedores das 13 categorias indicadas (vote neste link: http://bit.ly/PremioRIFF2016), o evento terá também shows com quatro bandas de destaque na cena atual: Hover (RJ), Versalle (RO), El Toro Fuerte (MG) e Def (RJ).
Identidades diferentes, porém todas bandas mais do que promissoras de rock. Fizemos uma playlist com algumas músicas de cada um das bandas.
Também separamos alguns clipes das bandas:
Confirme presença no evento do Facebook e chame os amigos!
Foi dada a largada para 2º Prêmio RIFF de Música! A edição de 2016 apresenta um total de 13 categorias, divididas em ‘Nacionais’ e ‘Internacionais’. Ao todo disponibilizamos 15 opções em cada item, de acordo com votação interna. Porém, assim como no ano passado, você poderá sugerir outras opções – democrático, não?
A votação ficará aberta até a meia noite do dia 30 de novembro, véspera da entrega dos troféus – dia 1º de dezembro a partir das 19h, em evento gratuito no Teatro Odisseia, no Rio de Janeiro. Lembrando que três bandas já estão confirmadas para shows: Hover, El Toro Fuerte e Def. Não é do Rio? Não se preocupe: Haverá transmissão ao vivo em nossas redes sociais.
Vote com vontade neste link (ou no formulário abaixo): http://bit.ly/PremioRIFF2016
Participe da votação, ajude a divulgar (com a hashtag #PrêmioRIFF2016 e acompanhe ao vivo nas nossas redes sociais! Faça parte desta celebração!
Por Alan Bonner | @Bonnerzin | Fotos Marcos Lamoreux
Continuando nossa incansável busca por picos de música independente, fomos no último sábado (23/7) ao bairro do Rio Comprido, Zona Norte do Rio de Janeiro, para curtir um dos últimos roles da (em breve finada) Bichano Records no estúdio Camelo Azul. A noite nos trouxe um dos últimos shows da tour brasileira da Shut Up! Twist Again! (França), além do debut da da Memorial (Curitiba/PR) em terras cariocas e de mais um show da queridinha do Canal RIFF, a Def (Rio de Janeiro/RJ). Não faltou cerveja gelada, gente maneira e muita interação com todo mundo, em um role que foi um dos mais agradáveis que tivemos o privilégio de comparecer nesse ano.
Os cariocas da Def abriram a noite mostrando o porquê de estarem em nosso “Spotlight” esse mês. A banda chegou para tocar no Camelo Azul após uma passagem por Belo Horizonte e parece estar aprendendo bastante com a experiência em diferentes palcos e cidades. Em uma evolução notável em relação ao último show que cobrimos, Deb F (vocais e guitarra), Dennis Santos (bateria e vocais) Nathanne Rodrigues (baixo e vocais) e Matheus Tiengo (guitarra e vocais) fizeram um show bastante sólido, superando as limitações sonoras do local. Com uma dupla de guitarras com efeitos e riffs muito interessantes, linhas de baixo nada óbvias e uma bateria que lembra a potência dos que já passaram pelo Queens of the Stone Age, a banda entrega uma performance ao vivo tão boa quanto é seu material de estúdio. O que chamou atenção também foi a interação com o público, que foi intensa em relação ao que vimos da tímida banda em outras ocasiões. Com toda essa evolução e os EPs que ainda estão por ser lançados, é certo que o fã de rock ouvirá falar muito da Def nos próximos meses.
Enquanto a Memorial recarregava as baterias da longa viagem de Curitiba para o Rio, a Shut Up! Twist Again! assumiu os instrumentos. E o que se teve a partir de então foi quase uma hora do show mais divertido que presenciamos esse ano. Ao ouvir as faixas do álbum “Wild and Wicked (What We Worked For)”, o último da banda, fomos contagiados pelo punk rock explosivo de Jerome Etchepare (vocais e guitarra), Jhonny de Sousa (guitarra e vocais), Thomas Piton (baixo) e Lucha Pms (bateria). Mas ao vivo isso se materializa em uma energia contagiante dos membros da banda, que, somado ao som pesado e ritmado, fizeram a parede do estúdio suar, literalmente. Parte do público aproveitou para desenhar palavras de ordem e de amor nos vidros embaçados, enquanto o restante proporcionava um dos crowd surfings mais animados e curiosos que já vimos, a despeito do espaço pequeno do estúdio. Enfim, o show foi uma experiência única e surpreendente, daquelas que só quem foi sabe como é e vai se lembrar para sempre.
O ato final da noite ficou por conta da Memorial. E a apresentação foi muito além de tocar as músicas do excelente “Angústias Trazidas Para Casa”. O show teve uma carga emocional ainda maior além da contida nas canções dos curitibanos. Foi o gran finale de uma viagem que envolveu carro quebrado, atropelamento de pneu de caminhão, revista policial e outras emoções. Em breve eles mesmos explicarão essa história toda em um vídeo do Canal RIFF. O que importa é que, apesar de todos os problemas, era nítida a alegria da banda de estar tocando no Rio. E tocando um som de muita qualidade! O “grunge emo” confessional e cru de Gustavo Santos (vocais e guitarra), Michel Martins (vocais e guitarra), André Pamplona (baixo) e André Siqueira (bateria) fez a galera soltar a voz em quase todas as letras da banda, que saiu muito satisfeita do show, declarando que “foi o melhor da banda desde então”. Mal sabem eles que a felicidade foi toda nossa de acompanhar essas histórias, conhecer essas pessoas e escutar essas bandaças. Que os franceses e os curitibanos voltem mais vezes ao Rio (sem perrengues da próxima vez, por favor!) e que a Def rode ainda mais o Brasil mostrando seu belo som. Os fãs de rock agradecem!
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Por Alan Bonner e Guilherme Schneider | @Bonnerzin @Jedyte | Fotos Lucas Santos
Coletivos artísticos costumam ter uma sede, uma base, um local onde tudo é planejado e até mesmo executado, em alguns casos. Esses locais são símbolos da resistência desse tipo de movimento, que costumam encontrar dificuldades enormes de fazer com que seu trabalho reverbere e chegue a mais pessoas. É essa luta que o Swing Cobra, coletivo carioca formado por membros de Ventre, Hover e Stereophant, resolveu travar. E seu primeiro ato aberto ao público foi realizado três sextas-feiras atrás (08/7), na sede do coletivo, localizado no bairro da Tijuca (Rio de Janeiro). Para tal, foram convidados os cariocas da Def e o mineiro Vitor Brauer. Além disso, a noite contou com uma exposição do fotógrafo Pedro Arantes e com um DJ set dos membros da Ventre.
Aconchegante, o QG do Swing Cobra esteve super-lotado em sua estreia. No show da Def a sensação era bem próxima a de estar em um ônibus lotado – tamanha a quantidade de gente por metro quadrado. Contando apenas com iluminação de pisca-piscas natalinos, o primeiríssimo show desse novo ambiente foi especial. Afinal, mesmo com pouco tempo de estrada, a banda carioca já conta com um carinho de um público que realmente consome música e vive a cena. Apesar de um EP lançado há pouco tempo, o “Sobre os Prédios que Derrubei Tentando Salvar o Dia (Parte 1)”, os presentes já cantarolaram trechos de Sobremesa e Dissolvendo. É emocionante presenciar o nascimento de um grupo com tanto potencial e talentos individuais.
Logo após o show da Def e de mais uma volta na casa para conhecer melhor o espaço, fomos para o estúdio bem no momento em que Vitor Brauer plugou seu violão e começou seu show. E o que tivemos a partir de então foi quase uma hora de uma apresentação mais intimista impossível. A sensação que ficou é que um amigo da galera que veio de longe puxou um violão, fez uma roda e começou a cantar várias canções de sua autoria. Na verdade, foi exatamente isso que aconteceu. Vitor é praticamente um dos pais da atual cena independente de Belo Horizonte, a famigerada “Geração Perdida”, sendo o frontman da banda mais influente e renomada do movimento, a Lupe de Lupe. Em seu set, o valadarense tocou músicas de sua banda e de seu trabalho solo, acompanhado pelas vozes de quase todos os presentes. Foi algo pequeno, mas que teve pinta de coisa grande. Vitor foi além de simplesmente um “voz e violão” e fez algo que podia parecer um mise-en-scène, mas era tudo muito sincero. Ele contou histórias, interagiu com a plateia e fez piada de si mesmo quando algo dava errado. Uma performance digna de alguém tão vanguardista como Brauer e condizente ao que a Swing Cobra quer ser: um local para “agregar, compartilhar, produzir e reproduzir” arte, das mais diversas formas e com muita qualidade.
Por Guilherme Schneider | @Jedyte | Fotos Jefferson Cardoso
Sempre fico imaginando como a aclamada “cena de Seattle” do final da década de 80 cozinhou a revolução grunge – embaladinha no início dos 90. Quantas e quantas bandas não foram moldadas em clubes/garagens acanhados, refletindo a voz angustiada de uma geração. Caro leitor do RIFF, a reflexão pode parecer puramente avulsa para uma resenha, admito, mas confesso também que quando me deparo com tantas bandas promissoras penso em onde isso pode dar. A energia das mensagens de Def, Enema Noise e gorduratrans merece muita atenção. E isso foi o que pude presenciar no último domingo (19/6) na Audio Rebel, em Botafogo.
Para quem ainda não conhece (!!), a Rebel é talvez um dos principais laboratório do underground carioca. Tudo pertinho do palco… um convite para uma boa troca de energia (e de palavras) entre banda e público. O evento foi organizado pela galera do selo Bichano Records, que desde 2014 traz gente muito boa pra tocar ali – e que em breve deve fechar data mensal na casa.
O primeiro show da noite foi do quarteto Def, que estreava na Audio Rebel justamente na véspera do lançamento do primeiro EP, “Sobre os Prédios que Derrubei Tentando Salvar o Dia (Parte 1)”, que saiu na segunda-feira. Até pelo show ter sido antes da divulgação das músicas, pouco conhecia do som deles. Mas, o que dizer senão… amor a primeira vista?
O shoegaze é literal, por parte da vocalista/guitarrista Deb F, que encara seu All Star em boa parte do show. Absolutamente apaixonante. Deb, integrava o Colombia Coffee junto com o batera-fera Dennis Santos – que divide os vocais com louvor em algumas músicas. A banda conta ainda com os talentos de Nathanne Rodrigues (baixo) e do mais novo integrante, Matheus Tiengo (guitarra). O show foi curtinho. Teve cover de Superguidis, teve o novo EP, e teve gosto de quero mais. Destaque para as melodias melancólicas de Dissolvendo, Sobremesa e Nada.
Intervalo, uma cerveja a mais, e hora de Enema Noise, que veio de Brasília para uma turnê de três datas no Rio – também tocaram na Ilha do Governador e em Nova Iguaçu, apresentando o EP homônimo, lançado em janeiro. O post-hardcore brasiliense voltou ao Rio após dois anos de hiatus. Dessa vez com parte do público cantando algumas canções, e de resto uma contemplativa viagem sonora.
O som dos caras é repleto de energia e distorções. Novamente se viu o baterista (Daniel Freire) assumindo uma alternância com o vocalista/guitarrista (Rafael Lamim), como em um conflito de personalidades de um único eu-lírico das letras – ou será que embarquei demais na viagem? João Victor (baixo) e Murilo Barros (guitarra) completam o quarteto. Vale a pena conferir as porradas Azarnoazar, Contra e Da Metade pro Fim.
A saideira do domingo foi com o duo gorduratrans, formado por Felipe Aguiar (guitarra/voz) e Luiz Marinho (bateria). Confesso, minha expectativa era alta depois de passar a semana toda com Vcnvqnd na cabeça. E a melhor expectativa foi correspondida (obrigado pela dica, Flavio Caveira – o aniversariante do domingão) .
Novamente uma dose shoegaze, e outra viagem sensorial. Se pudesse batizar humildemente um estilo, seria algo como “rock sensorial”. Sabe, quando você tá em um show, fecha os olhos, sente a presença dos que estão em volta (cada um no seu espacinho), mastiga os riffs, digere as batidas da bateria… o som do gorduratrans é um convite à esse transporte para uma outra dimensão.
A melancolia das melodias combina com o friozinho do úmido inverno carioca. Atiça mais essa pegada – ainda mais se for a noite de domingo. De fato é uma boa época para sair de casa e sentir. Só sei que a melodia de Vcnvqnd vai durar mais uma semana pelo menos na cabeça.
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