Quem já foi ao Bananada sabe que é uma experiência única. O festival goiano não tem a grandiosidade de um Lollapalooza ou Rock in Rio, e errou em 2017 quando apostou em uma edição maior: o público saiu feliz, mas os organizadores nem tanto. O grande desafio para 2018, então, era tornar o festival novamente viável sem prejudicar a experiência do público. Desafio aceito e cumprido, ainda que com ressalvas.
Fabrício Nobre, idealizador e organizador do festival, deu um passo arriscado quando alterou o local de realização. Saindo do amplo Centro Cultural Oscar Niemeyer, o Bananada 20 foi realizado no estacionamento do shopping Passeio das Águas. Mas essa não foi a única mudança: nova estrutura para os palcos, sistema cashless para compra de bebidas e comidas e um lineup que tentou misturar não apenas ritmos como também os artistas já estabelecidos com aqueles que reforçam a espetacular cena independente do país.
Fui enviado pelo Canal RIFF para cobrir o “evento principal”, o final de semana dos dias 11, 12 e 13 de maio. Vale lembrar que o festival começou na segunda (dia 07 de maio) e, durante a semana, foram várias apresentações pela cidade de Goiânia e quem cobriu para o RIFF foram alguns dos artistas participantes!
Falando do final de semana: no primeiro dia, como era de se esperar quando se realizam tantas mudanças de uma vez só, muita coisa deu errado. Especialmente as filas, enormes. Mas a organização mostrou sua competência em resolver problemas e, nos outros dois dias, tudo correu perfeitamente. Ainda que as opções de alimentação tenham deixado a desejar (especialmente para quem foi nos últimos anos, com muita variedade sempre), o grande destaque foi o chope Colombina: produzido localmente, delicioso e vendido a um preço justo (3 por 20 reais). Além disso, repetindo o sucesso de 2017, o festival ofereceu água à vontade durante os 3 dias, tornando a experiência muito mais agradável (e saudável).
A estrutura para os palcos principais era excelente — quiçá até melhor que nos anos anteriores. Porém, nos palcos menores, atrações que exigiam um pouco mais de clareza — como Fresno e Holger — acabaram ficando bastante prejudicadas; em contrapartida, as bandas mais barulhentas — casos de Hellbenders e gorduratrans, por exemplo — usaram a acústica a seu favor.
Hellbenders – por Gabriel Arruda
Das apresentações, a preferida do público pareceu ser a do ÀTØØXXÁ, com um segundo lugar bem próximo para o BaianaSystem. O fato é que ambos os grupos baianos simplesmente não aceitaram que alguém ficasse parado durante seus shows — e o público, sem hesitar, obedecia. Além desses, destacamos também a linda homenagem Refavela 40 de Gilberto Gil — que só não foi mais apreciada pois o público aguardava impaciente a aparição do homenageado (Gilberto só entrou no palco para o terço final do show) — e a sempre incrível e emocionante performance de Francisco, el Hombre.
Em uma missão quase sobre-humana de tentar estar em vários lugares ao mesmo tempo para assistir todos os shows sensacionais que o festival propôs — especialmente considerando que os palcos menores e maiores tinham atrasos diferentes — tentei capturar a maior parte dessa experiência nos stories que estão na parte de destaques do instagram do Canal RIFF.
Falando agora da experiência pessoal e parcial, os shows que destaco nos palcos maiores (além dos supracitados) foram o da chilena Javiera Mena (uma grata surpresa), o da sempre performática banda goiana Carne Doce e o do Heavy Baile, que mesmo se apresentando às 3 da manhã fez o público gastar o que restava de energia. Por outro lado, apesar dos repertórios sensacionais, Rincon Sapiência e Pabllo Vittar acabaram deixando um pouco a desejar — no caso do rapper, talvez seja uma decepção pessoal por ter visto o show com banda completa no Lollapalooza, que me pareceu muito mais impactante; o caso de Pabllo é um pouco mais complexo. A performance foi incrível; no entanto, o público parecia assistir o show apenas aguardando o próximo hit — talvez seria o caso de um show um pouco menor.
Francisco, el Hombre – por Gabriel Arruda
Quanto aos palcos menores, sem dúvidas o show do menores atos foi o grande destaque pessoal. Porém, as performances do Molho Negro e d’As Bahias e a Cozinha Mineira (que teve até Pabllo Vittar no palco) foram sensacionais. Não podemos deixar passar em branco também os outros artistas excelentes que passaram por esses palcos: BRVNKS, Ermo, Giovani Cidreira, Ema Stoned, Lutre, Blastfemme, Violins, e tantas outras que mostram a força da cena independente nacional e que renovam as esperanças no futuro da música brasileira.
A “nova” receita do Bananada deu bastante certo. Não dá pra saber ao certo quais serão os próximos passos do festival — só sabemos que o Bananada 2019 acontecerá e já tem data (29/04/2018 a 05/04/2019) — mas o fato é que a vigésima edição do festival mostrou o que ele tem de melhor: uma mistura de estilos, de bandas grandes e pequenas, de gente de todos os cantos do país, unidos pela música e pela experiência incrível do festival goiano.
Entre os dias 08 e 14 de maio desse ano, aconteceu a 19ª edição do Festival Bananada, em Goiânia. Com um dos melhores line-ups do ano, o festival era o lugar que qualquer fã de música independente queria estar.
Durante os três primeiros dias, os shows aconteceram nos bares, pubs, teatros e casas de show da capital goiana; na quinta-feira, aconteceu um “evento teste” no local que abriga os shows no final de semana, o espaçoso e aconchegante Centro Cultural Oscar Niemayer, que recebe o público até no domingo.
Este ano, foram montados quatro palcos: o Palco Spotify, com curadoria da Casa do Mancha; de frente pro Spotify estava o Palco SLAP, uma parceria com o selo da Som Livre, que, mais para o fim da noite, virava a tenda de música eletrônica El Club; o Palco Skol, um dos principais, que acomodou alguns dos shows com maior público; e o palco principal, Chilli Beans, que ficava logo na entrada do CCON.
Na sexta-feira, o RIFF desembarcou em terras goianas para acompanhar os três últimos dias do furacão Bananada. Os correspondentes Gabriel e Tayane, que já contaram tudo sobre o Festival, nesse vídeo aqui, agora contam como foram os shows mais interessantes que viram por lá.
GABRIEL OLIVEIRA
SEXTA – No Palco SLAP, a Plutão Já Foi Planeta foi a última atração da noite. O show contou com uma legião de fãs, que cantava todas as músicas. O grupo tocou faixas de seus dois álbuns, Daqui Pra Lá e o novo A Última Palavra Fecha a Porta. A banda fez um show enorme para um palco pequeno, o público estava interagindo e isso fez com que eles se soltassem cada vez mais.
Uma das cantoras mais esperadas do dia, sem dúvidas, era a Céu. Com público fiel, desde o lançamento do aclamado Tropix, a cantora encerrou as atividades do Palco Skol. Céu não deixou a desejar e embalou seus maiores sucessos, que foram cantados pela maioria do público que ocupava a grade.
Céu | Por Gabriel Oliveira
O último show da noite foi o do Jaloo, que se apresentou no Palco El Club. O paraense conquistou o público com a apresentação, cantando os sucessos do seu álbum de estreia, #1. Apesar de já estar bem tarde, o público pareceu não se importar com a hora e apenas aproveitou o festival. “Chuva” foi um dos momentos mais marcantes da apresentação, pois todo o público cantou e dançou junto com o cantor, que se jogou na plateia, literalmente. Divertido, Jaloo interagiu, conversou e até mandou uns memes para o público.
SÁBADO – No sábado, Consuelo, banda da capital brasileira, deu início aos trabalhos no Palco SLAP. Era perceptível que a vocalista Cláudia Daibert estava bem contente. A cantora vestiu um figurino bacana, brincou com os sintetizadores e se mostrou disposta a conversar com o público. A plateia se aglomerou para assistir a performance da banda, que é composta por Vavá Afiouni (Passo Largo), o violão de João Ferreira (Natiruts), a guitarra de Marcus Moraes (Passo Largo), os sopros de Esdras Nogueira (Móveis Coloniais de Acaju) e a bateria de Thiago Cunha (Passo Largo).
O segundo show do SLAP foi o da goiana Bruna Mendez, que cantou e encantou. Na segunda-feira (08), a artista fez uma apresentação mais intimista no Sesc Centro, já pro Festival Bananada. A apresentação, leve e harmoniosa, contou com uma galera ajudando Bruna a cantar as músicas. A cantora parecia um pouco tímida e as poucas interações com o público foram bem rápidas, já emendando na próxima música. Com um dos melhores shows do festival, Mendez deixou transparecer seu amor pela música por meio de sua performance.
O show dos goianos da Carne Doce foi um dos mais esperados. João Victor Santana (guitarra e sintetizador), Ricardo Machado (bateria), Anderson Maia (baixo), Macloys Aquino (guitarra) e Salma Jô (voz e sintetizador) se apresentaram no Palco Skol, que estava totalmente lotado, com pessoas ansiosas pela explosão trazida pela banda. Logo nos primeiros segundos do show, se escutava o som da guitarra de Macloys, a bateria de Ricardo, o baixo de Anderson e os gritos do público, ensandecido. Salma entrou totalmente performática, com um sorriso no rosto, e cantou “Princesa”, faixa título do segundo álbum do grupo. Sem perder o ritmo, a apresentação foi forte, representativa e não teve sequer um momento de silêncio total; Salma conversou com o público e falou sobre a felicidade de estar tocando em casa.
Carne Doce | Por Tayane Sampaio
DOMINGO – Teto Preto se apresentou no palco Skol, um show que talvez não esperasse tomar tamanha proporção pela vocalista Angela Carneosso e o seu grupo, que conta com L_cio (bateria), Zopelar (sintetizador), Bica (percussão e trombone). Com uma performance livre, Carneosso se apresentou nua, dançando, rebolando e, além de tudo, amando a vibração do público, que acompanhou boquiaberto todo o show. Com uma mistura de bossa nova e uma pegada totalmente eletrônica, provavelmente o som foi uma grande surpresa para quem não conhecia. Laura representou mostrou muito bem o poder de sua música e de seu corpo.
Um numeroso público, posicionado no Palco Chili Beans, aguardava o show da Tulipa Ruiz. Vencedora de um Grammy Latino, com o álbum Dancê, a cantora apresentou músicas do seu último álbum, que é extremamente empoderador. Com uma potência vocal sem igual, Tulipa consegue cativar o público com seu timbre e carisma, sendo conhecida pelo seu bom humor. O show ainda teve a participação de Lineker, que subiu ao palco para cantar ‘’Só Sei Dançar Com Você’’, que foi um momento bonito e marcante da apresentação. Encantadora, Tulipa encerrou o show agradecendo o carinho e o amor que os seus fãs ali presentes passavam.
Tulipa Ruiz | Por Tayane Sampaio
E para encerrar as atividades do Palco Skol, o Bananada contou com ninguém mais, ninguém menos que Karol Conka, artista que exala empoderamento feminino em suas músicas. Conka, que apresenta o tão aclamado Batuk Freak, cantou os seus hits como ‘’Do Gueto ao Luxo’’ e ‘‘Gandaia’’, e suas parcerias com o DJ Boss In Drama, como ‘‘Toda Doida’’ e ‘‘Farofei’’. Com um palco vasto, Karol, acompanhada do DJ Hadji, mostrou sua sensacional presença de palco e total domínio do público.
TAYANE SAMPAIO
SEXTA – Na sexta-feira, o primeiro grande show da noite foi o dos cariocas da Ventre, no Palco Chilli Beans. Quem não os conhece, pode achar que o alvoroço ao redor do nome da banda é só hype, mas basta assistir a um show do grupo pra entender o motivo de tanto entusiasmo dos fãs. Larissa Conforto (bateria), Hugo Noguchi (baixo) e Gabriel Ventura (guitarra e voz) têm apenas um álbum lançado, mas entre as poucas faixas de seu repertório, a banda consegue transitar entre momentos leves, quase meditativos, a uma explosão de sentimentos e sons. Larissa, que ocupa o centro do palco com sua bateria, usa muito bem sua força e sua voz para fazer um discurso que pede respeito às mulheres e as chama para fazer música.
Ventre | Por Tayane Sampaio
Os paulistas do E a Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante fizeram a melhor apresentação do dia no Palco Spotify. Mesmo com problemas técnicos, o show da banda foi uma imersão em um turbilhão sensações. A mudança entre momentos de introspecção e de total catarse são muito bem trabalhados nas músicas e, principalmente, nas performances de Rafael Jonke (bateria), Luden Viana (guitarra), Luccas Villela (baixo) e Lucas Theodoro (guitarra e sintetizadores). Além de dividir o nome, Villela e Theodoro dividem muito bem o palco, que fica pequeno pra tanta energia da dupla.
O último grande show da noite foi o do BaianaSystem, no Palco Chilli Beans, e não poderia ser diferente. Com um dos melhores shows da atualidade, o grupo fez o público dançar durante toda a apresentação. As mil e uma sonoridades trazidas pelo som da guitarra baiana de Beto Barreto, o baixo de SekoBass, a guitarra de Juninho Costa, a percussão de Japa System e as bases eletrônicas de João Meirelles e Mahal Pitta casam com perfeição com a voz e disposição de Russo Passapusso. Toda a identidade audiovisual do grupo, assinada por Felipe Cartaxo, torna a experiência ainda mais incrível. Poucas bandas de rock conseguem ter um som tão pesado quanto o samba-reggae do BaianaSystem.
SÁBADO – No sábado, o público chegou mais cedo no Centro Cultural Oscar Niemayer. Quem estava na primeira apresentação do Palco Spotify não deve ter se arrependido, pois quem deu início à programação foi o JP Cardoso. Com um dos shows mais divertidos do Festival, JP cumpre o que promete no título do seu álbum e embarca o público em uma leve e gostosa viagem pelas ondas sonoras das canções do Submarine Dreams, seu álbum de estreia. Sabe aquela viagem à praia com os amigos, com direito a várias lembranças boas e pores do sol de tirar o fôlego? Esse foi o show do JP. Mesmo sendo noite, o mineirinho conseguiu ensolarar o palco.
Ainda no Palco Spotify, Luiza Lian fez uma das apresentações mais especiais de todo o Festival Bananada. A paulistana levou a experiência audiovisual de seu disco Oyá Tempo ao CCON, acompanhada pelas batidas de Charlie Tixier. Luiza, que teve um dos maiores públicos daquele palco, criou um ambiente totalmente imerso no conceito de seu álbum, pois, além das músicas e das projeções, a artista levou ao público uma bonita cenografia e figurino. Com suas canções que remetem do jazz ao candomblé, Lian consegue inserir o ouvinte em sua narrativa e instigá-lo a conhecer melhor a divindade-musa inspiradora de suas músicas.
Luiza Lian | Por Tayane Sampaio
Maria Gadú também presentou o público com uma apresentação emocionante. Quem só conhece a artista pela estourada “Shimbalaiê” ficou de queixo caído com a evolução de Gadú, que tem o palco e o público na palma da mão. A blusa divertida da cantora e guitarrista, com estampa de bananas, destoou da atmosfera densa e visceral criada pelas músicas do ótimo Guelã, último álbum da artista, e músicas de seus trabalhos anteriores. Acompanhada por Federico Puppi (violoncelo), Lancaster Pinto (baixo) e Felipe Roseno (bateria), Gadú parecia estar rasgando o próprio coração no palco, tamanha a entrega da artista, que fez um show comovente.
DOMINGO – No domingo, no Palco Spotify, o começo do fim não poderia ter sido mais bonito. Os mineiros da El Toro Fuerte fizeram a trilha sonora para o por do sol que acontecia atrás do palco. Diego Arcanjo (baixo, guitarra, voz), Gabriel Martins (bateria), João Carvalho (voz, guitarra, baixo) e Fábio de Carvalho (guitarra, voz) fizeram uma apresentação intensa, assim como o álbum de estreia da banda, chamado Um Tempo Lindo Pra Estar Vivo. A apresentação foi tão intensa que teve gente na plateia que não segurou o choro, mas em pouco tempo as lágrimas deram lugar pra sorrisos e abraços. Nem mesmo uma corda de guitarra estourada tirou o clima do show, que tinha um público muito interessado e um quarteto em ótima sintonia.
El Toro Fuerte | Por Tayane Sampaio
Boa parte do público do Palco Spotify saiu correndo pro Palco Skol, que já estava nos ajustes finais para receber o Rakta. A iluminação exclusivamente vermelha, com muita fumaça, quase sufocante, acompanhou muito bem o post punk extremamente bem executado pelo trio. A experimentação de Carla Boregas (baixo e voz), Paula Rebellato (teclado e voz) e Nathalia Viccari (bateria) mostra que nem só de guitarra vive o rock e cria uma atmosfera única, que casa muito bem com os “inferninhos” do underground. Talvez, se a banda tivesse tocado em um palco menor, a experiência de ver o trio seria ainda mais libertadora.
No palco Chilli Beans, aconteceu um dos encontros mais legais do rock goiano. Hellbenders e Black Drawing Chalks se enfrentaram numa espécie de competição em que o público saiu ganhando. As bandas tocaram músicas de seus repertórios e rolou até uma versão de “Mexicola”, do Queens of the Stone Age. As bandas foram acompanhadas pelo público, que encheu o Palco, tanto na voz quanto no bate-cabeça, além das recorrentes rodas punk. Não dava muito tempo de respirar, pois, quando Diogo Fleury (voz/Hellbenders) terminava uma música, Edimar Filho (voz/BDC) já emendava outra. O público saiu do palco com um sorriso no rosto e suor escorrendo pela testa.
Veja as fotos que tiramos dos shows que assistimos aqui.
Festival anunciado em São Paulo conta com excelentes artistas da nova geração da música brasileira.
Se por um lado 2017 tem sido um ano cheio de grandes discos lançados no mundo da música, por outro, tem sido um belo ano aqui no Brasil quando falamos em festivais. E pra confirmar isso, a Agência Pindorama anunciou no último domingo (09), a primeira edição de inverno do Festival das Estações da Música, que prestigia artistas nacionais da nova geração.
BRAZA – Que recentemente lançou álbum novo; Tijolo por Tijolo -, francisco, el hombre, R.Sigma, Vivendo do Ócio, Carne Doce e NDK vão animar o evento que acontecerá em São Paulo, dia 25 de agosto. Além dos seis ótimos nomes, DJ’s trarão em seus sets artistas como Tim Maia e Caetano Veloso.
Os valores dos ingressos variam entre R$ 30,00 e R$ 80,00 (meia entrada) e podem ser adquiridos online no Clube do Ingresso ou em pontos de vendas físicos, confira aqui.
Estamos na metade de outubro, o fim do ano já se aproxima, mas ainda vale (e como vale) olhar para trás e ver o que de legal foi lançado nos últimos meses. Para quem quer buscar música nova, separamos alguns álbuns dos meses de agosto e setembro. Todos disponíveis em streaming pra você ouvir à vontade. Vale destacar o grande trabalho de bandas nacionais nesses dois meses.
1. Inky – Animania Começamos com o grande “Animania”, segundo álbum dos paulistas da Inky. Lançado em 26 de agosto, o trabalho aparece forte em um ano muito bom pra música nacional. Com letras bem vivas, arranjos e melodias bem elaboradas e propondo espaço pra cada instrumento dar seu show a parte, Animania chega com tudo pra ser um dos grandes álbuns de 2016.
2. O Terno – Melhor do Que Parece Mais uma “brazuka” vinda de São Paulo, a banda O Terno acabou de produzir seu terceiro álbum intitulado “Melhor do que Parece”. A banda que já tem um som bem original chega com seu novo trabalho influenciado no que parece ser um rock “das antigas”.
3. Carne Doce – Princesa Você com certeza deve ouvir o som que a Carne Doce está trazendo. Intitulado “Princesa” o novo álbum da banda goiana é além de tudo um sopro de alegria pros ouvidos, com muito psicodelismo, rock, MPB e a linda voz de Salma Jô.
4. Bayside – Vacancy Sétimo álbum da carreira da Bayside, “Vacancy” não chega com status de espetacular, mas mantém a expectativa de que é mais um álbum interessante pra quem curte pop/punk daqueles com melodias fáceis de memorizar.
5. Dinossaur Jr. – Give a Glimpse Of What Yer Not A excelente Dinossaur Jr lança depois de quantro anos o seu novo trabalho “Give a Glimpse Of What Yer Not”. Um rock alternativo sem grandes inovações, porém muito bom de ouvir.
6. Young The Giant – Home of The Strange O indie rock do Young The Giant aparece mais maduro nesse novo álbum, “Home of The Strange“. Ainda que não tenham ousado tanto na sonoridade, é um bom terceiro disco de estúdio.
7. Jeff The Brotherhood – Zone Esse simples redator que vos fala é suspeito pra falar dessa dupla. Chegando com o seu décimo álbum de estúdio, e com muito psicodelismo, “Zone” é mais um ótimo projeto do Jeff The Brotherhood. Ouça que vale muito a pena.
8. Thee Oh Sees – Weird Exits Depois de oito anos na Estrada o Thee Oh Sees lança o seu décimo trabalho. “Weird Exits” é ótimo como um rock de garagem com pegadas interessantes de psicodelia. Projeto muito interessante!
9. Medulla – Deus e o Átomo Mais um disco bastante aguardado no ano, o “Deus e o Átomo” do Medulla, vem com grandes participações, tais como Marcelo D2 e Teco Martins. Mais um sopro de felicidade pra música nacional.
10. Francisco, El Hombre – Soltasbruxa Falamos no inicio do artigo sobre o destaque que daríamos a música nacional, acredito que você esteja percebendo o quanto isso é verdade. Mais um excelente lançamento “brazuka”. Francisco, El Hombre e seu “Soltasbruxa” aparecem com muita influência na MPB e música latina. Fique de olho nesse grupo e aproveite esse som foda!
11. Blues Pills – Lady In Gold Uma dica de longe, lá da Suécia. “Lady in Gold” é um achado interessante. Com muita psicodelia e cheio de riffs esse é novo trabalho do Blues Pills.
12. K.Flay – Crush Me Fugindo um pouco do rock mais rock, falamos da K.Flay e seu EP “Crush Me”. Uma mistura de pop, rock e rap e uma voz bem particular e gostosa de ouvir da Kristine Meredith Flaherty.
13. Bon Iver – 22, A Million Com muita pegada eletrônica, o terceiro álbum do Bon Iver foi lançado em setembro. Há quem diga que tanta influência eletrônica descaracterize demais o som do grupo. O fato é que o novo projeto precisa ser muito bom pra seguir os passos de seu antecessor, o ótimo “Bon Iver, Bon Iver” de 2011. Ouça “22, A Million” e tire suas conclusões.
14. The Baggios – Brutown Mais um disco que conta com participações especiais é o “Brutown” do The Baggios. Emmily Barreto (Far From Alaska), Felipe Ventura (Baleia), Jorge Du Peixe (Nação Zumbi) e mais, Cantam com o grupo que já um dos bons nomes do novo rock nacional. Tá demais!
E aí riffeiros, curtiram? Quais destes já ouviram? Quais ficaram fora da lista? Conta pra gente e aproveita para seguir o RIFF lá no Spotify!