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TOP 10: OS MELHORES SHOWS DE 2017

Por Natalia Salvador

Quando você ama assistir shows e, finalmente, mora em um lugar que te oferece diferentes opções todo fim de semana é uma baita realização. Em 2017 eu tive a oportunidade de cobrir e curtir por lazer diferentes espetáculos, nada mais justo que relembrar aqueles que marcaram o ano, pelo menos para mim (e que a gente já fica doido pra ver de novo). Prometo não me estender muito, então vem conhecer meu TOP 10 de melhores shows de 2017!

  1. FRESNO + VITAL

O Imperator, por si só, já tem uma energia completamente diferente de todas as outras casas de show do Rio de Janeiro. Toda vez que eu piso lá a sensação de que algo grandioso está para acontecer. E foi exatamente isso que presenciei neste culto sold out. Além de tudo que envolvia o show da Fresno – comemoração dos 18 anos e minha primeira vez vendo eles como headliners -, uma das coisas que mais me chamou atenção foi o quanto o público acolheu e abraçou a banda de abertura, a Vital.

Fresno@2017 por Natalia Salvador
  1. MENORES ATOS + ODRADEK + AVEC

A primeira vez de um ser humano num show da Menores Atos é pra nunca mais esquecer. Acho que posso dispensar apresentações, o trio faz a platéia se emocionar, chorar e cantar o mais alto que pode. O show no Estúdio Aldeia marcou o encerramento da turnê do Animalia e a banda está trabalhando em um novo CD. Nesta noite de inéditos, para mim, também tive a grande chance de conhecer a banda Odradek. Um instrumental pesado e envolvente.

  1. MEDULLA + HOVER + NVRA

O CD Deus e o átomo foi um dos grandes elogiados de 2016, nada melhor que começar 2017 com um showzão desses, não é mesmo? O diferencial de ver shows no Estúdio Aldeia é a vibe intimista do lugar e a proximidade que você consegue ter dos artistas. A entrega dos irmãos Raony e Keops envolve e empolga o público. Além deles, a Hover, que também tem um show completinho e cheio de energia somou para a noite ser incrível. Cada apresentação deles na cidade é uma emoção diferente, coisa de casa mesmo.  

  1. R.SIGMA + COMODORO

Sim, eu só conheci R.Sigma em 2017 – que bom que os dias de glória chegam para todos. No único show que a banda realizou no Rio de Janeiro a maioria do público estava matando as saudades depois de quase 6 anos em hiato. Acho que foi esse cenário que tornou tudo tão especial. Na abertura, a Comodoro tomou conta do palco e colocou os poucos presentes para dançar – e acompanhar toda a malemolência de Fred Rocha, vocalista. Quando R.Sigma entrou no palco a casa já estava cheia e o coro permaneceu por todo o show. Além disso, Tomás Tróia que viriam novidades por ai. Durante o semestre, a banda lançou uma música inédita, fez outros shows e seguimos acompanhando os próximos passos – ATENTOS!   

  1. HANSON

Vocês tem uma lembrança clara dos primeiros contatos com algo que gostem muito? Minha primeira grande lembrança com a música foi com esse trio de irmãos americanos. Eu era muito novinha e ganhei o cd de estréia deles – conto essa história completinha na resenha desse show. 20 anos depois, tive a chance de ver um show comemorativo que contemplou diferentes fases de Zac, Taylor e Isaac – primeiro grande amor de muitas. Foi uma noite nostálgica e de muito amor, é estranhamente incrível quando você consegue perceber a troca fácil e respeitosa entre os músicos no palco. Uma noite família, literalmente.

  1. CASTELLO BRANCO

Não sei vocês, mas uma das coisas que mais me chama atenção em shows é a performance dos vocalistas. Depois de assistir ao show do R.Sigma, fui em busca de mais informações sobre Lucas Castello Branco e me deparei com um projeto incrível. Meses depois lá estava eu impactada com a leveza e ternura, muito diferentes da energia apresentada na frente da banda, do lançamento de Sintoma. O show solo do Castello é aquela saída perfeita com carinha de domingo tranquilo, que é pra começar a semana com o maior sorriso no rosto!

Castello Branco@2017 por Natalia Salvador
  1. BRAZA

Qual banda que tem 2 anos de estrada, 2 discos lançados e entrega ao público 2 horas de show? Danilo, Nicolas e Vitor fazem um verdadeiro espetáculo em cima do palco. A energia deles é anestesiante, do início ao fim. A galera, canta, dança e se entrega. Ver os 3 fazendo música juntos ainda contribui para aquele falso consolo da saudade que os fãs sentem do Forfun. Os caras fizeram história e agora estão escrevendo uma nova. Ciclos.  

  1. ALASKA (Rio novo Rock + Despedida em Petrópolis)

Se trazer dois shows da mesma banda para um TOP 10 é errado, eu não quero estar certa. Em 2017 a Alaska teve dois grandes momentos no Rio de Janeiro. Uma das primeiras edições do Rio Novo Rock do ano contou com a partição dos paulistas e os cariocas da Two Places At Once. Como comentado anteriormente, o Imperator é um senhor palco e a noite não poderia ser outra coisa se não memorável, com direito a setlist especial e invasão de palco.

Mas a festa ficou linda mesmo na despedida do Onda, que aconteceu em Petrópolis. Eu não sei o que acontece, mas os shows da Alaska na Cidade Imperial tem uma emoção diferente. É claro que os petropolitanos não iam deixar esta ser uma despedida normal. O público, fiel, cantava tão alto que muitas vezes roubava o lugar dos músicos. Uma das características mais marcantes dos shows da banda, é a troca entre os músicos, seja nos sorrisos, carinhos ou nos finos que um tira do instrumento do outro. É uma experiência de entrega diferente de tudo que eu já vi.

Alaska@2017 por Natalia Salvador
  1. SCRACHO

Você provavelmente está se perguntando que ano é hoje ou porque raios Scracho está no segundo lugar dessa lista. Pois bem, no último mês do ano – famoso 45 minutos do segundo tempo – eu, sem dúvidas, presenciei a maior festa do ano! Celebrando 10 anos de lançamento do primeiro cd, A Grande Bola Azul, Dedé, Diego e Caio reuniram grandes amigos e lendas do underground carioca para um show de lavar a alma e fazer os jovens adolescentes de 10 anos atrás muito felizes. Foram 2 horas de nostalgia, entrega e gargantas arranhando no dia seguinte, em um Circo Voador abarrotado.  

  1. AURORA

Aurora é a prova viva de que fadas existem. Eu já pensava sobre isso assistindo alguns vídeos internet afora, mas depois que tive a oportunidade de ver a jovenzinha norueguesa de apenas 21 anos emocionar os públicos por todas as cidades brasileiras que passou, eu pude ter certeza. Sabe quando você sente a energia passando pelo corpo, os pelinhos arrepiando e os olhos se encherem de lágrimas? Foi assim que me senti o show inteiro. Sem grandes estruturas, a inocência, ternura e compaixão que habitam Aurora ficam evidentes em cima do palco. Esta, sem dúvidas, foi melhor experiência musical de 2017!

Aurora@2017 por Natalia Salvador
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Resenha

HANSON @ KM DE VANTAGENS HALL

Por Natalia Salvador

Eu lembro do dia que estava na casa da minha avó, provavelmente experimentando todos os sapatos de salto da minha tia – como sempre -, e a gente ouvia Middle Of Nowhere no rádio. Lembro também que, nesse dia, minha tia perguntou se eu não queria aquele CD pra mim. Eu tinha gostado muito daquilo e, vamos combinar, sempre fui um pouco mimada. Eu devia ter por volta de uns 5 anos e arrisco afirmar que foi ali que toda minha saga apaixonada por música e bandas começou. Lembro ainda de uma das várias manhãs em finais de semana que meu pai tirava a gente de casa e, em uma dessas ele me deu uma revistinha 100% do trio. Eram fotos, quadrinhos – SIM! minha parte preferida -, textos e mais textos. O tempo passou e parece que em um piscar de olhos Hanson estava prestes a anunciar uma turnê comemorativa de 25 anos de carreira.

Não pensei duas vezes: lá estava eu, anos depois de me apaixonar pela primeira banda da minha vida, comprando o ingresso para um show deles. Foi um dia muito aguardado e, depois de vários dias nublados, os irmãos de Tulsa trouxeram o sol de volta a cidade maravilhosa. Muitas mulheres que ali estavam, eram a grande maioria do público, pareciam dividir desse mesmo sentimento de primeiro amor. Era pura nostalgia. O trio americano subiu ao palco pontualmente às 21:30, feito muito raro para shows no Rio de Janeiro, e fez todo mundo dançar, pular, cantar e se emocionar durante as 2 horas de show.

Hanson @ 2017

O setlist caminhou pelos 6 discos da banda – não amigos, eles não pararam nos anos 2000 – e, como uma turnê comemorativa, contemplou cada fase desses 25 anos de história. Os irmãos são multi-instrumentistas e, enquanto Isaac troca de guitarras e violões a todo o tempo – juro, perdi a conta de quantas vezes isso aconteceu -, Zac toca bateria, mas também, em alguns momentos, vem para a frente do palco cantar e tocar um pouco de piano – e, claro, arrancar gritos e suspiros. Enquanto isso, o mil e uma utilidades, Taylor, assume os vocais principais da grande maioria das músicas, enquanto intercala entre tocar piano, bateria, violão, gaita… e claro: o cara ainda pula e coloca o público pra cima em diversos momentos do show. WOW, haja fôlego!

Hanson @ 2017

 

Apesar do pouco destaque, o baixista de apoio fez questão de mostrar o gingado, principalmente em faixas mais dançantes, como Thinking About Something. A casa dos 30 fez muito bem para todos eles – quero envelhecer assim como a família Hanson -, e eles parecem os meninos cheios de energia e brilho nos olhos. Where’s The Love, This Time Around, Juliet e Penny and Me causaram o famoso frenesi. Mas foram os 3 grandes sucessos do trio que arracaram os maiores coros da noite: Save Me, If Only e, claro, MMMBop, não deixaram ninguém contido.

Passando por momentos mais atuais, Taylor dedicou Give a Little aos poucos homens presentes. Get the Girl Back, Fired Up e o mais recente lançamento I Was Born não ficaram para trás. Quando o trio deixou o palco, parecia que só tinham se passado 5 minutos de show e a platéia não arredou o pé até eles voltarem para o bis. Os irmãos se uniram em volta de um microfone, apenas voz e o estalar dos dedos para a apresentação mais fofa de Rockin’ Robin, cover de Bobby Day e encerraram com Lost Without Each Other, do CD Underneath, de 2004.

Hanson @ 2017

Com certeza este não foi o show mais cheio da tour, mas a entrega do trio foi nítida e recíproca ao sentimento dos fãs presentes. Para os que pararam no tempo e conhecem os irmãos Hanson apenas por MMMBop – o grande sucesso que rendeu mais de 10 milhões de cópias vendidas, além do Hanson Day, em Tulsa, e a indicação para 3 Grammys – está mais do que na hora de se atualizar nos trabalhos mais recentes. Com a empolgação do público, é provável que eles estejam animados a voltar qualquer dia desses e eu, com certeza, não perco esse show!

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