Por Tayane Sampaio

Por Tayane Sampaio
Por Camila Borges e Maria Paula
Após pausa de três dias, o Rock In Rio retorna numa plena tarde de quinta feira. Pelas camisetas que variam em faixas etárias, percebemos fãs de todos os tipos, mas principalmente de Aerosmith, Scalene e Fall Out Boy fervilhando aos redores da cidade do rock.
No Palco Sunset começa com Ana Cañas e convidado Hyldon, onde levantaram a bandeira LGTB fazendo diversas pessoas se declararem abertamente ao amor. Tyler Bryant & The Shakedow, assistido pelo telão do palco mundo, percebe-se a presença marcante do olhar do cantor ao público. The Kills, que não conhecíamos, marcou pela grande presença de palco conduzida pela vocalista Alison Mosshart. Mais tarde, após a primeira apresentação no Palco Mundo, Alice Cooper mais Arthur Brown entram em cena, como um grande espetáculo teatral trazendo boneco gigante sinistro e até número de ilusionismo, uma legítima ópera do rock.
Falando em Palco Mundo, quem abriu foi Scalene, uma das grandes novidades do rock nacional no line up do evento, trazendo em seu repertório apenas músicas autorais. Algumas do recente álbum, magnetite, passando também por grandes sucessos de seus anteriores Éter e Real/Surreal. O grupo pouco conhecido do grande público soube aos poucos envolvê-los e assim passaram pelo grande festival.
Segunda atração do palco mundo, o Fall Out Boy trouxe em seu repertório clássicos de sua carreira como “Dance Dance”, a versão “Beat It”, do Michael Jackson, entre outros sucessos. E também “Champion”, do novo disco da banda que será lançado em 2018. Muita gente cantou, dançou. Afinal, quem nunca teve sua fase emo ?!?
E o que dizer da veterana Def Leppard. Confesso que não lembrava muito dos “hits” da banda até que fossem executados aos vivo. Aquele hard rock dos anos 80 levou muitos a cantarem e relembrarem os grandes sucessos como “Rock Of Ages”, “Love Bites” (essa confesso que cantei aquela versão em Português mesmo haha), “Pour Some Sugar On Me”, e também apresentando seu material mais recente, como por exemplo a faixa “Man Enough”.
E para finalizar a noite, o showman Steven Tyler e seu grandioso Aerosmith desfilou no palco mundo com seus famosos hits “Crazy”, “Dream On’’, entre tantos outros. Cheios de riffs clássicos e algumas improvisações, Joe Perry mostra o quanto é uma peça chave da banda. Tivemos também a versão de “Come Together”, e confesso que senti falta de algumas músicas. E a mesma encerra a noite com “Walk This Way”, com algumas pessoas cantando e dançando, outras já deixando o parque olímpico. Aliás, estamos torcendo e muito pela recuperação de Steven Tyler que devido a problemas de saúde não pode prosseguir com os shows pós Rock in Rio.
Em resumo, o quarto dia de Rock in Rio uniu muitas gerações. Daquelas que surgiram lá em 1970 com o rock do Aerosmith, passando pelo hard rock de Def Leppard. E aqueles que tiveram sua adolescência embalada ao som dos famosos “emo”, e conhecendo o nosso atual rock nacional. Quem ousar dizer que as tribos não podem se misturar e trocar experiências está totalmente enganado.
Por Guilherme Schneider | @Jedyte | Foto iHateFlash
“Foi ou não foi pênalti?”. No país do futebol essa pergunta (aparentemente simples) pode gerar horas e horas de discussões acaloradas. Pode também ser O grande tema das conversas triviais numa semana. E se perguntarem o porquê dessa inquietação digo que:
1) O brasileiro em geral é um sujeito apaixonado. Seja pelo seu time de futebol ou por qualquer assunto que lhe provoque taquicardia.
2) Hoje em dia todo mundo quer (e pode) dar seu pitaco. Somos milhões de juízes (mesmo sem formação para tal) e comentaristas.
Há quem defenda o uso do tal árbitro de vídeo, para analisar de longe, com direito a replay, se foi ou não pênalti – ou qualquer outro lance que gere dúvidas. E é sempre mais fácil analisar de longe, pela TV.
E, justamente pela TV, milhões de comentaristas se colocam como donos da verdade sempre que possível. Seja para falar de futebol ou de outra paixão nacional: MÚSICA.
Ontem, no segundo dia do Rock in Rio 2017, um “pênalti” voltou a causar polêmica. Fergie teria feito playback em seu show?
Os “torcedores” fãs da Fergie (e os “secadores” – que só querem falar mal) tomaram partindo, tomaram as dores, e tomaram as redes com opiniões tão acaloradas. O microfone falhou? A parte técnica deixou a desejar? De quem é a culpa?
Ah! Como é apaixonada essa discussão!
E como essa discussão não leva a lugar nenhum…
Veja bem, para mim tanto faz se foi ou não playback. É um recurso que muitos artistas de pop utilizam ao menos em partes dos shows. Cantar e dançar ao mesmo tempo não é para todos. Como não lembrar daqueleeee famoso “pênalti” de 2001? Cometido por ela, Britney Spears.
Até hoje se discute o playback de Britney na 3ª edição do Rock in Rio. É… a polêmica não é nova no festival – e nem vai acabar nessa edição, de 2017. O que fica claro certamente é o desejo latente de opinar em tudo. E pasmem, até por quem sequer gosta ou assistiu ao show – seja ao vivo ou pela TV.
Sorte de quem consegue esteve lá e se divertiu. No fundo é importa nesse tipo de evento. E como se divertir é subjetivo! Mas isso fica pra outro texto sobre esse Rock in Rio.
Por Thaís Huguenin
Sétima edição do Rock in Rio e mais uma mudança de casa. Dessa vez quem recebeu o maior festival de música foi o Parque Olímpico na Barra da Tijuca. O termo Cidade do Rock nunca foi tão apropriado. Palco Mundo, Sunset, de patrocinadores, Arena Games, Rock Street, Rock District, entre outras tantas atrações. É muita coisa para explorar, principalmente no dia mais quente do inverno. É preciso muita organização, já que tudo ficou mais distante. Para quem estava acostumado a ir e vir do Sunset para o Mundo a todo instante, se decepcionou – e desgastou – um pouco.
O show fora do palco Mundo que mais atraiu público foi o da Pabllo Vittar. Cotada para se apresentar com a Lady Gaga, ela foi convidada para cantar no stand de um banco e arrastou centenas de pessoas. Nitidamente, a organização não esperava tanto público, porque eles não tinham estrutura para atender a todos. As pessoas que estavam mais ao fundo não conseguiam enxergar, nem ouvir a apresentação, mas mesmo assim ficaram para prestigiar um dos novos nomes do pop nacional.
Outros destaques foram o Digital Stage, lugar responsável por receber os grandes nomes do Youtube; a Game XP, espaço mais interativo do festival, com costplayers, jogos e muito mais; e o Rock District, um palco que recebia uma variedade de apresentações, a que mais me chamou a atenção foram as vionilistas Trítony Trio. Tocando clássicos do pop e rock elas levantaram, literalmente, o público que descansava por lá.
O palco Sunset – conhecido pelas inovações – recebeu em homenagem ao samba, grandes nomes como Alcione, Jorge Aragão, Martinho da Vila, Monarco, entre outros sambistas. Esse sem dúvidas foi um dos melhores shows da noite, ninguém ficou parado e nos lembrou de umas das maiores preciosidades que temos na música.
Quem abriu os trabalhos foi o músico inglês SG Lewis, com uma apresentação dançante, ele basicamente mostrou como fazer batidas eletrônicas ao vivo, já que contava com uma banda e não só com os samples. Também se apresentaram Céu com Boogarins, escolha perfeita para o pôr do sol se não estivesse muito quente, mesmo assim fizeram uma boa apresentação e mostraram uma faceta do rock ainda pouco valorizada no Brasil. Em seguida, Fernanda Abreu com Dream Team do passinho e Focus Cia de dança, um show animado, mas mais do mesmo.
Quando deu 19 horas em ponto, todos já estavam a espera da queima de fogos que indicaria o início dos trabalhos no palco principal, mas para a surpresa de todos, quem adentrou o Mundo foi a modelo Gisele Bündchen, para lançar a campanha Belive.earth. Com um discurso emocionado sobre a importância do respeito com pessoas, animais e plantas, ela foi responsável por trazer a primeira atração da noite: Ivete Sangalo. Ela, ao lado da top model, interpretou “Imagine”, do John Lennon.
Logo após a cantora se retirou do palco e aí sim tivemos a tão aguardada queima de fogos. Minutos depois, Ivete surge com um look a lá Ariana Grande e coloca todo mundo para dançar. Mesmo grávida de gêmeas essa mulher não parou um instante, a animação e satisfação de estar ali no palco eram evidentes. Além disso, a sintonia entre ela, os dançarinos e os músicos é invejável.
Não era necessário ser um fã de carteirinha para saber cantar as músicas, porque elas estão contidas na bagagem cultural de cada brasileiro, quando você menos percebe está cantando. Ela passeou por vários hits animados como “A Festa”, “Sorte Grande”, “O Farol”, “Eva” e pelos mais melódicos como “Quando A Chuva Passar”. Ivete fez um tributo para Cazuza cantando “Pro Dia Nascer Feliz” com uma performance de arrepiar, com direito a bandeirões contra o racismo, a homofobia e um pedido de socorro da Amazônia. Showoman como ela é, interagiu bastante com a plateia e também homenageou o axé baiano cantando Daniela Mercury, É O Tchan e Claudia Leitte.
Para finalizar, ela tocou na ferida aberta da noite: a ausência de Lady Gaga. Inclusive, foi a única do palco principal a falar nesse assunto. Como ela mesmo disse, não tinha como deixar passar em branco e improvisou “Bad Romance”.
Quem assumiu o palco em seguida foi a dupla Pet Shop Boys. Com ternos e capacetes futuristas eles criaram uma atmosfera nostálgica. O engraçado foi observar que o público estava dividido, tinha a galera que foi ao festival pela Lady Gaga e outra por eles. São gerações diferentes, mas quando o pop eletrônico começou a tocar na Cidade do Rock fez todos dançarem. Uma das poucas interações que eles tiveram com o público, foi falando que “A Vida É” era uma das canções que o Brasil deu a eles.
Entre os shows, o espetáculo continuou no céu, cerca de 100 drones fizeram uma apresentação de 10 minutos no ar. Ao som de bossa nova e música clássica, eles criaram diversos desenhos, incluindo os dizeres “Rock in Rio” e a famosa guitarra da marca.
Os responsáveis por seguir com o show foram os australianos do 5 Seconds of Summer. Se a ordem da line-up tivesse sido diferente – Ivete, eles, Pet Shop Boys e Maroon 5 -, o público estaria mais animado na apresentação. Tinha obviamente grupos que cantavam a plenos pulmões as músicas, mas a maioria das pessoas não conhecia a banda, já estavam cansadas e queriam poupar energias para o show principal da noite, ou seja, curtiram o show sentados mesmo. Ao longo da apresentação o vocalista, Luke Hemmings, teve problemas com o retorno, isso ficou evidente em “Other Space”, quando ele desafinou. Infelizmente, é necessário admitir que talvez não tenha sido uma boa ideia eles tocarem no palco Mundo, pelo menos não por agora.
Mesmo com vários little monsters espalhados pela Cidade do Rock, a noite foi encerrada por Maroon 5. Caso tenha perdido a polêmica, Lady Gaga, headline do dia 15, cancelou o show na véspera por problemas de saúde e eles foram escalados para substituir. A princípio rolou a insatisfação dos fãs com o festival e a promessa de ‘causar’ durante o show da banda americana. Podem ficar tranquilos, não houve sangue derramado, na realidade parecia que o grupo sempre foi responsável pelo primeiro dia.
Temos que concordar que com uma setlist repleta de hits, o trabalho ficou bem mais fácil. A sequência de “Moves Like Jagger”, “This Love” e “Harder” já levou o público ao delírio. Sempre muito simpáticos, eles a toda hora interagiam com a plateia. Para coroar a apresentação, eles se arriscaram e cantaram “Garota de Ipanema”, seguida por “She Will be Loved”, “Do You Wanna Know” e “Sugar”. A questão é como eles vão fazer para não soarem repetitivos?!
Por Thaís Huguenin
O cantor canadense Shawn Mendes é o mais novo nome a compor a line-up do Rock in Rio 2017. Na noite desta terça-feira, dia 10, o jornalista José Norberto Flesch, conhecido por divulgar shows de artistas no Brasil em primeira mão, publicou em seu twitter que o músico está confirmado para o festival.
Shawn Mendes no Rock in Rio.
— José Norberto Flesch (@jnflesch) January 11, 2017
O cantor até o momento não se pronunciou sobre o assunto. Já o Rock in Rio através da página no Facebook publicou um comunicado, mas em nenhum momento confirmou ou desmentiu a informação. Confira o post:
A próxima edição do Rock in Rio será realizada no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, entre os dias 15 e 24 de setembro desse ano. Já foram confirmados artistas como Bon Jovi, Aerosmith, Maroon 5, Red Hot Chili Peppers e Billy Idol.
A agenda da World Tour, disponível no site oficial de Shawn Mendes, só tem datas e locais de shows até o dia 23 de agosto. Os fãs, porém, já tem certeza da vinda dele com a turnê de divulgação do álbum ‘Illuminate’, lançado em setembro passado e que conta com os singles Treat You Better e Mercy.
A carreira do cantor de apenas 18 anos começou no Vine – rede social de vídeos rápidos. Desde então ele já fez inúmeros shows, foi indicado a diversos prêmios e bateu alguns recordes. Por exemplo, o álbum de estreia, ‘Handwritten’, lançado 2015, chegou rápido ao primeiro lugar na Billboard 200 e o single Life of the Party, o fez estrear entre as 25 primeiras posições da Billboard Hot 100, o consagrando como um dos artistas mais jovens a conseguir isso.
Enquanto a confirmação do Rock in Rio não chega, que tal curtir as músicas do último álbum e já entrar no clima?