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Resenha: The Black Dahlia Murder + Siriun + Reckoning Hour @Teatro Odisseia

Por Igor Gonçalves | @igoropalhaco

A Dark Dimensions fez a grande gentileza ao público de death metal trazendo o The Black Dahlia Murder para uma turnê de três shows no Brasil, sendo eles em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Fomos, no domingo (23/10), conferir a última apresentação da banda aqui no país – no Teatro Odisseia, Rio. A noite teve Siriun e Reckoning Hour como bandas de abertura.

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The Black Dahlia Murder @2016

O quarteto carioca da Siriun abriram o evento com seu death metal e sua dupla de Schecter apresentando músicas muito bem construídas e dominando os instrumentos no palco – como quem faz isso todo dia por muitos anos. Eu não conhecia a banda e sinceramente não tive tempo de parar para ouvi-los antes do show, então os assisti sem quaisquer expectativas. Apesar da formação relativamente recente da banda, já tiveram outros feitos como abrir o show da Krisiun em setembro também no Odisseia, e ter tido a participação de Kevin Talley (ex baterista do The Black Dahlia Murder) em pelo menos uma de suas músicas. O show me convenceu e me agradou. Siriun tem a minha atenção daqui pra frente.

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The Black Dahlia Murder @2016

Dando seguimento ao sentimento de orgulho do underground carioca, a Reckoning Hour assumiu os instrumentos. Assim como a Siriun, a banda também abriu o show de São Paulo. Reckoning Hour já era conhecida minha e o gênero deles é algo que considero difícil de classificar. Diria que é um meio termo entre metalcore e death metal melódico… Talvez? Bom, o importante é que eu curto o som dos caras. O último show da banda que assisti foi no ano passado e deu pra notar uma mudança de lá pra cá. Uma boa mudança. Eu diria que eles aprenderam a usar melhor o palco. Com seu álbum mais recente, ‘Between Death and Courage’, a banda apresentou uma setlist agitada. Carregada de pedal duplo acompanhado por um baixo bem executado e belos riffs do seu par de guitarras Dean, a banda deixou o ambiente perfeito para os astros da noite comandarem o final da festa.

Os americanos da The Black Dahlia Murder subiram ao palco e foram tratados como heróis. Para a minha grata surpresa, como heróis se comportaram. Já conhecia a banda pois alguns conhecidos são muito fãs, mas só fui dar a devida atenção a banda antes do show. Eles apresentam um metal de muito peso e qualidade. A bateria é orquestrada com maestria e a guitarra segue pesada até os solos que trazem harmônicos inesperados para uma banda do gênero. Continuando o seu espetáculo de surpresas, The Black Dahlia Murder tem uma presença de palco extremamente carismática. Trevor Strnad (vocalista) domina a platéia de forma que muitos frontmen de rock, onde a característica é até exigida de certa forma, invejariam. Entre conversas, piadas e high fives com todos ao alcance do palco, conquistou os ainda céticos no meio de um público já apaixonado. Os sucessos de Miasma e Nocturnal (setlist acima) foram eficientes em fazer os fãs de cabelos e barbas longas parecerem crianças num parque de diversões. Saí do Odisseia feliz pela experiência e todo o público estampava no rosto que saíram da mesma forma.

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Festa

Canal RIFF estreia DJ Set em pista exclusiva na Tekiller do dia 5/11! #RIFFnaTEKILLER

Por Guilherme Schneider | @Jedyte 

É com muita alegria que o Canal RIFF anuncia a sua primeira parceria com uma festa. E não é qualquer festa: é logo a tradicional Tekiller, no Teatro Odisseia – na Lapa (Avenida Mem de Sá nº 66), Rio de Janeiro.

Na próxima edição (sábado, dia 5 de novembro – daqui a duas semanas) o RIFF cuidará do som da Pista Zombies, a do andar de cima. Podem esperar o inesperado do crew todo do canal – especialmente aquele rock nacional que não tem muita vez na maioria das festas.

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O rock nacional tem vez na pista do RIFF

Então marca aí na agenda o 5/11 e vem tomar tequila com a gente na Tekiller! Fique ligado nas nossas redes sociais para um sorteio de ingressos nos próximos dias usando a hashtag #RIFFnaTEKILLER

RELEASE:
Dia 5 de Novembro tiene la tradicional edición del Dia de Los Muertos de LA FIESTA MÁS FUEDA DE LA CIUDAD! Como el Dia De Los muertos en México eres dia del FESTEJO, comemoraremos aqui com mucha pegación, tequila, roquenrôu, Batalha de Tequila, Concurso de Mejor Maquiagem de Caveira Mexicana, Bodyshots e mais unas porradas de doideiras que só a TEKILLER tem!

► SHOTS NA PISTA
– Tequila
– LA BELA MUERTE (no se o que tem, mas sei que tem absinto)
– Margarita
– Mojito
– Tekiller Bomb (Tequila, jager y Red Bull)
– Bong de Desperados

► ATRACIONES DEL OTRO MUNDO
– Concurso da Calavera
– Stand de maquiagem
– Batalha de Tequila en el PALCÓN
– Sombreros y bigodes por toda la pista
– Moshboat – Mergulhe a buerdo de nosso bote em direción a la multidón

► LINE UP
PISTA CALAVERAS
Fernando Prado [Tekiller / FESTARALHO]
Thiago Halleck [Tekiller / Arcade ON Fire!]
Grazzia [Sex Tape]
Suirá (Meister Party)

PISTA ZOMBIES
– Canal RIFF DJ SET (Gustavo Chagas, Ricardo Martins e Guilherme Schneider)

► LAS FUETOS Y VÍDEOS
– Cobertura fuetográfica

► ANIVERSÁRIO
– Seus convidados pagam R$25 la noche tueda;
– Levando 5 convidados, usted entra VIP;
– Levando 10 convidados, usted gaña +1VIP e una garrafa de espumante;
– Envie sua lista com data e nome de la fiesta para atendimento@teatroodisseia.com.br e aguarde o e-mail de confirmación;
– Usted puede enviar até as 19:00h del dia del evento, mas não deixe para la última hora, la casa tem limite de listas;
– La promoción vale para aniversariantes de novembro e de las 2 últimas semanas de outubro.

► ENTRADA
R$20,00 [Antecipado]*
R$20,00 [Lista até 00:00h]
R$25,00 [Lista após 00:00h]
R$35,00 [Mané]

► ANTECIPADOS
http://bit.ly/TeKillerDiadeLosMuertosANTECIPADOS

► [CHAPELARIA NO LOCAL]

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Resenha: Vincent Cavanagh e Pedro Agapio @Teatro Odisseia

Por Guilherme Schneider | @Jedyte | Fotos Lucas Zandomingo

Praticamente um ano após a última vinda do Anathema ao Rio – em uma ‘noite irretocável’, ao lado do Paradise Lost – foi a vez de Vincent Cavanagh retornar sozinho aos palcos da Lapa. Desta vez no Teatro Odisseia, e não mais no Circo Voador. Ambiente bem mais intimista, e, por isso, perfeito para uma rara apresentação acústica de um dos irmãos Cavanagh, que lideram a icônica banda de Liverpool.

No último dia 3 de setembro, um sábado, a casa de shows recebeu menos gente do que o merecido. No entanto, os presentes souberam aproveitar com muita emoção a presença da principal voz do Anathema. Aliás, nunca em sua carreira (segundo o próprio) Vincent cantou tantas músicas acústicas do Anathema em um show solo. Nada menos que 16 canções.

Sorte de quem estava lá. Após uma segura abertura  do promissor Pedro Agapio, também na voz e violão, Vincent subiu ao palco. Olha, sinceramente… são poucos os artistas que conseguem colocar a emoção que ele dá. O show abriu com as belíssimas Untouchable, Part 1 e Part 2, mostrando logo de cara que muitas lágrimas verteriam naquela noite -pelo que pude ver ao meu redor. Aliás, logo após a primeira música alguém gritou “make me cry” (“me faça chorar”)… e provavelmente foi prontamente atendido.

Vincent, que completou 43 anos no início daquela semana (no dia 29 de agosto), se sentiu em casa. Regeu coros, pediu palmas, pediu ajuda para cobrir o backing vocal feminino de Lee Douglas, e não se mostrou indiferente ao seu público fiel. Brindou os fãs com algumas um pouco mais antigas (mas ainda sem revisitar a fase inicial da banda, com pegada mais doom).

O cantor se permitiu tocar acompanhado por uma base pré-gravada, que de maneira alguma soou playback. Afinal, comandar um “exército de um homem só” é para poucos. Destaques para a grande participação do público em Deep, One Last Goodbye, Angelica, A Natural Disaster e Fragile Dreams. Naturalmente arrancando belos sorrisos do inglês .

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Ao final do show Vincent desceu do palco sem firulas. Com simpatia distribuiu autógrafos, posou para (muitas) fotos, e prometeu voltar em breve. Tomara! Seja com a banda completa, ou seja solo – que se mostrou um formato que também combina bem com seu talento. Sua voz merece ser ouvida por mais gente, sempre.

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Vincent Cavanagh Setlist Teatro Odisséia, Rio de Janeiro, Brazil 2016

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Resenha: Esteban, No Time e Radioativa @Teatro Odisseia

Por Felipe Sousa | @Felipdsousa | Fotos Gustavo Chagas

Tavares ficou conhecido principalmente por tocar na banda Fresno, onde ficou de 2006 a 2012. Mas antes disso, o músico gaúcho fundou a banda Abril (projeto que o fez receber o convite pra tocar na Fresno). Agradando muito na cena independente chegou a lançar em 2005 o álbum “O Que Te Faz Feliz?” e continuou com o projeto até o ano de 2013. Também participou do projeto “Trio Grande do Sul” onde tocava ao lado de Humberto Gessinger (Engenheiros do Hawaii) e Paulino Goulart. Em 2012 ao anunciar sua saída da Fresno, Tavares focara totalmente no seu projeto solo intitulado Esteban. Trabalho que mostra a inquietude do gaúcho com a música, sempre buscando grandes desafios, e que mostra também o quão completo o músico se tornou.

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Em uma realização da Cena Rock Produtora, Esteban Tavares chega ao Rio de Janeiro com sua turnê “Saca La Muerte de Tu Vida”. Turnê que é baseada em seu mais recente álbum, de mesmo nome, e quem tem uma roupagem bem introspectiva, acústica com voz e violão e a participação de Paulinho Goulart no acordeom.

Em um Teatro Odisseia cheio Esteban Tavares, acompanhado de Paulinho Goulart, fez um acústico vibrante. Sim, você leu certo. Quem esteve na lapa no dia 6 de agosto viu um show com uma energia gigante. Mencionada por diversas vezes pelo próprio Esteban durante a noite, inclusive. Os muitos fãs do roqueiro amante cantaram juntos desde a primeira música. Pra contradizer àquela história de muitos de que o acústico não tem energia.

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O show começou com Esteban cantando Canal 12, hit do seu primeiro álbum “Adios Esteban” junto a um coro vindo do público que o próprio músico definiu como mágico”. Tavares fez um show bastante interativo, fazendo grandes pausas entre as músicas e contanto um pouco da história de cada uma. Foi interessante o medley que o músico propôs ao show, cantando músicas de vários momentos da carreira, incluindo Fresno e Abril. Quando tocou “O que te faz feliz” a galera foi de novo à loucura. O setlist não foi tocado por completo devido ao tempo, deixando de fora algumas músicas, mas com certeza foi um grande show e deixou uma baita expectativa sobre um possível volta de Esteban ao Rio.

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A abertura da noite ficou na responsabilidade das talentosas No Time e Radioativa. A primeira, No Time, com um pop rock alternativo de bom gosto, fez uma mescla de músicas autorais e covers bem tocados. A segunda, a carismática Radioativa, apresentou seu pop punk autoral também de muito bom gosto, e preparou muito bem a casa pra atração principal.

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Resenha: The Shrine, Os Vulcânicos e Psilocibina @Teatro Odisseia

Por Felipe Sousa | @Felipdsousa

No último dia 4 de agosto a produtora Abraxas levou até o Teatro Odisseia, no Rio de Janeiro, os californianos do The Shrine em mais um evento do rock psicodélico. O trio de Venice chega com sua primeira turnê no Brasil, e depois de fazer barulho em Belo Horizonte, Florianópolis e São Paulo aterrissaram na Cidade Maravilhosa para dois shows intensos (antes, dia 3, a banda já havia tocado na Praça Duó, na Barra da Tijuca).

O som do baixo, bateria e guitarra do The Shrine propõe aquela pegada bem anos oitenta do rock psicodélico, um som seco, cru, mas contagiante pra caramba. Black Sabbath e Motörhead influenciam os muitos riffs e as distorções do baixo.

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The Shrine @2016

Josh Landau (Guitarra e vocal), Court Murphy (Baixo) e Jeff Murray (Bateria) formam a The Shrine desde 2008 e têm três álbuns lançados, “Bless Off”, “Primitive Blast” e o mais recente “Rare Breed”. No Odisseia a banda deu ao público, que não lotou a casa, um pouco de cada disco. A escolha da banda de tocar músicas de toda a carreira deu a chance da galera curtir um show com muitas performances diferentes entre uma música e outra, com canções curtas no geral, mas que agradam com as viradas da bateria, solos com riffs gritados, um sotaque punk e um ritmo frenético. E com isso não demorou pra banda se surpreender ao ver uma rodinha punk se formar à sua frente, e perceber essa mesma se repetir algumas vezes durante o show.

A The Shrine é uma banda nova, teoricamente, depois de oito anos de estrada e três álbuns lançados, ainda é desconhecida do grande público no país; embora, não tenha sido difícil perceber os fãs mais engajados com o punk rock psicodélico gritarem as letras junto com o trio. Carismáticos e com uma expectativa de coisa boa pela frente, deixam a certeza de que se voltarem farão mais um bom espetáculo.

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Os Vulcânicos @2016

Antes que o sotaque californiano subisse ao palco, a noite olímpica do Rio de Janeiro recebeu a banda Os Vulcânicos que iniciou sua apresentação com Dony Escobar (Guitarra e Voz), Filipe Proença (Voz e Baixo) e Zozio (bateria e voz).

A banda começa com uma pegada instrumental evidenciada pela bateria do Zozio, que dita o ritmo do show. O rock garage e surfado do grupo já agradava o público quando surge no palco um quarto integrante pra assumir os vocais e dá um upgrade na apresentação com um timbre grave e bem interessante.

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Psilocibina @2016

E nessa história contada do fim pro inicio, quem teve a responsa de abrir a noite no Odisseia foi a galera da Psilocibina.

Um show de abertura inteiramente instrumental com Alex Sheenyna guitarra, Lucas Loureiro na bateira e Rodrigo Toscano no baixo. Cheios de flertes com a guitarra, e com muitos momentos de solos individuais, a Psilocibina é uma banda com bom gosto e que deve crescer ainda.

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Depois de muita gritaria, muita distorção e muitos riffs, o já tradicional Teatro Odisseia mostra novamente que é um belo palco pra se curtir música boa.

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Resenha: Altera, Audionova, Zimbra e Selvagens à Procura da Lei @Teatro Odisseia

Por Natalia Salvador | @_salvadorna

No último sábado (23/7), o Teatro Odisseia reuniu mais uma vez bandas da cena independente para um público inicialmente pequeno e tímido. O (péssimo) hábito de encher a casa para as últimas apresentações da noite parece ser difícil de mudar.

Aos 45 do segundo tempo, a banda Altera entrou no line-up e chegou como show surpresa. Por volta das 17h os paulistanos subiram no palco, cheios de energia, para mostrar as músicas lançadas recentemente no EP de estreia – homônimo. Apesar de o público ainda estar chegando ao evento, os presentes não fizeram feio e marcaram a primeira apresentação da banda na cidade maravilhosa.

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Logo em seguida, quem subiu ao palco foram os cariocas da Audionova. Com um som mais calmo, cantaram e encantaram os (muitos) casais e famílias presentes. O trio é cheio de sintonia e mostrou que quantidade não é nem de longe sinônimo de qualidade. Os caras ainda trouxeram um cover de Arctic Monkeys, ‘R U Mine?‘.

Quando as luzes do palco se acenderam em tom de azul, era sinal de que os santistas da Zimbra estavam chegando para apresentar as músicas do disco novo, “Azul“. Com uma quantidade maior de presentes, a galera acompanhava o vocalista, Rafael Costa, que, mesmo sem guitarra por algumas músicas, mostrou para o que vieram. Com a licença do trocadilho, o público “reagiu bem” à apresentação de ‘Trem‘ e tinha todas as letras na ponta da língua. Vale comentar que os instrumentos de sopro dão um toque especial à apresentação e músicas.

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Os cearenses da Selvagens à Procura de Lei foram recebidos com palmas pela galera, que acompanhou o show pulando do início ao fim. As quatro vozes se complementam no palco e acabaram ganhando uma forcinha a mais vinda da plateia. Em ‘Mar Fechado’, por exemplo, amigos se abraçaram e cantaram juntos. Na hora de ‘O Amor é um Rock 2′, a tradicional rodinha punk se manifestou e seguiu até o fim. Na última música, ‘Mucambo Cafundó’, Gabriel Aragão virou o microfone para a galera, que encerrou com a energia lá no alto. Mais uma vez, o público carioca mostrou que a banda pode (e deve) voltar mais vezes ao Rio de Janeiro.

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Resenha: Gloria, Âncora, The Ocean Revives e 8mm @Teatro Odisseia

Por Alan Bonner | @Bonnerzin | Fotos @GustavoChagas

Noite de domingo (03/7) com som alto, bom e pesado no Teatro Odisseia! Quatro bandas dos mais diversos estilos do rock convidaram os cariocas a saírem da monotonia de um domingo nublado para bater um pouco a cabeça: 8mm, The Ocean Revives, Âncora e Gloria. O show foi mais uma produção da Cena Rock, que tem levado ótimos artistas de todo o Brasil para o Rio de Janeiro.

O hardcore casca-grossa da 8mm abriu a noite. O quinteto, formado por Alemão (vocal), Fabio Garcia (guitarra), Rodrigo Salgado (guitarra), Zé Freitas (baixo) e André Costa (bateria) é figurinha carimbada da cena carioca e trouxe ao palco riffs muito bem construídos, uma linha de baixo bem criativa em relação ao que se vê em outras bandas do estilo e uma bateria frenética, sustentando o vocal grave e as letras recheadas de críticas sociais cantadas por Alemão. Mesmo encarando um tipo de público que não costuma frequentar os shows da banda e tendo que passar por cima de problemas técnicos, a banda manteve a intensidade durante todo o show e agitou bastante a galera que chegava ao Odisseia.

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Dando continuidade à noite, tivemos uma surpresa daquelas que se acha saindo de casa e indo aos shows. Bandas de metalcore existem aos montes, e a sonoridade delas costuma soar repetitiva. Mas o que a The Ocean Revives (RJ) faz sai pela tangente do senso comum e toma um caminho bastante interessante. Com uma energia e uma presença de palco raramente vista em outras bandas, Charles Barreto (guitarra), Kevin Duarte (bateria), Rafael Carrilho (guitarra/vocal), Rodrigo Andrade (baixo), Rodrigo Nascimento (vocal) e Vic Corrêa (vocal) fazem um som que merece a atenção do fã do estilo. Com belas letras em português, vocais limpos e guturais se alterando de uma maneira muito agradável e uma produção de palco de dar inveja até em bandas com público grande, a banda agradou não só quem já conhecia (e que não era pouca gente, pela quantidade de pessoas cantando junto da banda) como também quem nunca tinha ouvido falar do som dos caras, como nós do RIFF que já estamos no aguardo de mais shows e mais material autorial dessa banda que tem um futuro muito interessante.

Penúltima banda da noite, a Âncora infelizmente teve pouquíssimo tempo para mostrar seu som. Mas deu pra perceber que o post-hardcore feito por Felipe Barboza (vocal) Brandon Antunes (guitarra) Rodrigo Macario (baixo) Johnny d’Avila (guitarra) e Marcos Eduardo (bateria) é original e tem uma pegada mais “tranquila” em relação às bandas anteriores. Destaque para a voz de Felipe, afinadíssimo e atingindo notas bem altas sem grandes dificuldades, e para Marcos, que sabe cadenciar muito bem o ritmo da banda.

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Por fim, depois de uma espera de anos, o Gloria subiu ao palco para desfilar sucessos de todas as fases da banda. E, como era esperado, o público já estava ganho desde a primeira música. Fazendo um show tecnicamente perfeito, Mi (vocal) Elliot Reis (guitarra e vocal) Peres Kenji (guitarra) Thiago Abreu (baixo) e Leandro Ferreira (bateria) alternaram músicas dignas de mosh com baladas que fizeram um ou outro se emocionar. O quão alto o público cantou junto e de deixou conduzir por Mi, que parecia mais um maestro da multidão, impressionou bastante. Mostrou que os Guerreiros (pelo menos os do Rio de Janeiro) continuam firmes, fortes e sedentos por novos trabalhos da banda e torcendo para que a Gloria tenha uma vida longa pela frente.

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Resenha: Plutão Já Foi Planeta, Radioativa e Bordô @Teatro Odisseia

Por Alan Bonner (texto e fotos) | @Bonnerzin e @GustavoChagas

O melhor jeito de se surpreender com algo é quando, mesmo existindo uma expectativa boa no entorno da coisa, ela sai ainda melhor do que o esperado. É bem assim que pode ser definida a noite de quinta-feira (16/6), quando Plutão Já Foi Planeta, Radioativa e Bordô fizeram ótimos shows no Teatro Odisseia (Rio de Janeiro) e surpreenderam até aqueles que já conheciam seus trabalhos.

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Os cariocas da Bordô abriram a noite com um set curto, mas suficiente para mostrar a proposta da banda. Fazendo um rock ora dançante, ora mais introspectivo, Rafael Lourenço (vocal, guitarra e teclado), Daniel Schettini (guitarra), Marcelo Santana (bateria) e Rodrigo Pereira (baixo) trouxeram à tona aquela atmosfera de festa indie habitual do Odisseia durante pouco mais de meia hora e botaram o público para dançar. Uma banda para se ficar de olho, principalmente para quem curte um som na linha de Panic! At the Disco, Franz Ferdinand e Arctic Monkeys.

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A também carioca Radioativa subiu ao palco logo após, e as comparações com os americanos da Paramore foram inevitáveis, pela estética da banda, pela vocalista e pelas primeiras notas tocadas. Porém, as semelhanças ficaram nas primeiras impressões. Ana Marques (vocal), Felipe Pessanha (guitarra) Fabricio Oliveira (guitarra), Denny Manstrange (baixo) e Rodrigo Aranha (bateria) fazem um som com elementos diferentes da banda de Hayley Williams. A banda apresentou no seu set de cerca de 50 minutos um pop-punk com uma boa dose de peso e distorção, com influências de post-hardcore e real emo, além de um vocal potente de Ana. A dupla de guitarras também se destaca, com ótimos riffs e uma pegada forte, raramente vista em músicos do estilo. Merece a atenção dos fãs de Yellowcard, New Found Glory e do já citado Paramore.

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Para fechar a noite de boas surpresas com chave de ouro, a Plutão Já Foi Planeta, finalista da edição 2016 do programa Superstar, ganhou o palco do Odisseia com muito carisma e boa música. Quem vê a banda potiguar na TV ou ouve o EP “Daqui Pra Lá” e se encanta precisa urgentemente ir a um show deles. É ainda melhor! Os versáteis Natália Noronha (voz, baixo, sintetizador), Sapulha Campos (voz, guitarra, ukulele, escaleta), Gustavo Arruda (voz, guitarra, baixo), Vitória de Santi (baixo, sintetizador) e Khalil Oliveira (bateria) fazem um indie pop com muita originalidade, ótimos arranjos e uma entrega no palco que pouco se vê no mainstream atual. A banda é muito bem ensaiada e pareceu em casa no Rio de Janeiro, mesmo sendo a primeira vez em terras fluminenses. Até o público presente no show impressionou. A galera cantou todas as letras e brincou com os integrantes da banda entre as músicas, tornando a noite ainda mais agradável. E a maior e melhor surpresa de todas ficou para o final: a Plutão chamou os interagentes da OutroEu e da Playmobille, duas bandas que também participam do Superstar (a OutroEu também está na final) para cantar com eles no palco a última música do set, Você Não é Mais Planeta, e transformou o show numa festa. Fiquemos ligados na final do Superstar, pois a Plutão fez um show de campeã.

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