Por Felipe Sousa | @Felipdsousa
No último dia 4 de agosto a produtora Abraxas levou até o Teatro Odisseia, no Rio de Janeiro, os californianos do The Shrine em mais um evento do rock psicodélico. O trio de Venice chega com sua primeira turnê no Brasil, e depois de fazer barulho em Belo Horizonte, Florianópolis e São Paulo aterrissaram na Cidade Maravilhosa para dois shows intensos (antes, dia 3, a banda já havia tocado na Praça Duó, na Barra da Tijuca).
O som do baixo, bateria e guitarra do The Shrine propõe aquela pegada bem anos oitenta do rock psicodélico, um som seco, cru, mas contagiante pra caramba. Black Sabbath e Motörhead influenciam os muitos riffs e as distorções do baixo.

Josh Landau (Guitarra e vocal), Court Murphy (Baixo) e Jeff Murray (Bateria) formam a The Shrine desde 2008 e têm três álbuns lançados, “Bless Off”, “Primitive Blast” e o mais recente “Rare Breed”. No Odisseia a banda deu ao público, que não lotou a casa, um pouco de cada disco. A escolha da banda de tocar músicas de toda a carreira deu a chance da galera curtir um show com muitas performances diferentes entre uma música e outra, com canções curtas no geral, mas que agradam com as viradas da bateria, solos com riffs gritados, um sotaque punk e um ritmo frenético. E com isso não demorou pra banda se surpreender ao ver uma rodinha punk se formar à sua frente, e perceber essa mesma se repetir algumas vezes durante o show.
A The Shrine é uma banda nova, teoricamente, depois de oito anos de estrada e três álbuns lançados, ainda é desconhecida do grande público no país; embora, não tenha sido difícil perceber os fãs mais engajados com o punk rock psicodélico gritarem as letras junto com o trio. Carismáticos e com uma expectativa de coisa boa pela frente, deixam a certeza de que se voltarem farão mais um bom espetáculo.

Antes que o sotaque californiano subisse ao palco, a noite olímpica do Rio de Janeiro recebeu a banda Os Vulcânicos que iniciou sua apresentação com Dony Escobar (Guitarra e Voz), Filipe Proença (Voz e Baixo) e Zozio (bateria e voz).
A banda começa com uma pegada instrumental evidenciada pela bateria do Zozio, que dita o ritmo do show. O rock garage e surfado do grupo já agradava o público quando surge no palco um quarto integrante pra assumir os vocais e dá um upgrade na apresentação com um timbre grave e bem interessante.

E nessa história contada do fim pro inicio, quem teve a responsa de abrir a noite no Odisseia foi a galera da Psilocibina.
Um show de abertura inteiramente instrumental com Alex Sheenyna guitarra, Lucas Loureiro na bateira e Rodrigo Toscano no baixo. Cheios de flertes com a guitarra, e com muitos momentos de solos individuais, a Psilocibina é uma banda com bom gosto e que deve crescer ainda.
Depois de muita gritaria, muita distorção e muitos riffs, o já tradicional Teatro Odisseia mostra novamente que é um belo palco pra se curtir música boa.