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Resenha: Selvagens à Procura de Lei e Posada e O Clã @Imperator

Por Natalia Salvador | @_salvadorna | Fotos Marcella Keller

Se você gosta de rock e acompanha as bandas independentes do país, já sabe que a primeira quinta-feira do mês tem encontro certo, e é no Rio Novo Rock. Dando espaço para as bandas cariocas e também de outros lugares do Brasil, o evento é queridinho e se confirma, a cada edição, uma ótima opção para quem curte uma boa música. Para compor o line-up de outubro, o evento contou com a presença das bandas Selvagens à Procura de Lei e Posada e O Clã, além do DJ Burgos e o VJ Miguel Bandeira, que não deixaram a galera parada durante os intervalos.

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Posada e O Clã @2016

Sempre pontuais, o primeiro show começou um pouco depois das 21 horas e concentrou o público próximo ao palco, que mesmo um pouco tímido acompanhava a apresentação dançante e diferente de Posada e O Clã. Felipe Duriez, da banda Hover, subiu no palco para somar com os posada e reafirmar o talento que todo mundo já conhece. Para introduzir Tijolo, Carlos Posada chamou atenção para as eleições que vão acontecer em grande parte das cidades brasileiras.

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Selvagens à Procura de Lei @2016

A galera já estava ansiosa quando Selvagens à Procura de Lei foi anunciada no palco, a partir daí foi energia até o fim. A tour do disco recém lançado, Praieiro, chamou o público carioca para dançar mais uma vez. Em Projeto de vida, a euforia deu lugar às luzes de celulares e os clássicos isqueiros. A plateia ovacionava os cearenses e o baterista Nicholas Magalhães dizia o quanto eles estavam felizes em voltar à cidade maravilhosa, “A gente adora tocar aqui, o Rio de Janeiro é foda!”. Uma das surpresas do show ficou para a apresentação de Senhor Coronel, que ganhou as notas do teclado de Gabriel Aragão. Tarde livre e Mucambo Cafundó fecharam a noite.

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A felicidade não era apenas dos que estavam no palco, entre o público fiel e os músicos cariocas que prestigiaram o evento, o Imperator abraçou os cearenses para mais uma bela edição desse festival que merece o apoio de quem gosta de boa música. Quem já está ansioso pela edição de novembro? E se você perdeu Selvagens à Procura de Lei no Rio Novo Rock, ainda tem mais uma chance de conferir o show da banda. No sábado, dia 8, eles se apresentam na Kult Kolector e a festa vai contar com a presença da Planar e da Drops 96. Não dá pra perder, né?

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Resenha: Tiago Iorc leva ‘Troco Likes’ aos cinemas

Por Natalia Salvador | @_salvadorna 

O quarto CD da carreira de Tiago Iorc, ‘Troco Likes’, vem mostrando para o público uma nova fase do artista. Com letras em português, o cantor afirmou, em diversas entrevistas, o desejo de se aproximar dos fãs brasileiros. No filme, Tiago explica essa necessidade de se sentir em casa no seu país e, fazendo um gancho ao nome do disco, em estar conectado com as pessoas daqui. Não podia ter dado mais certo.

Carregado de significados, Troco Likes trás em suas letras e melodias todo esse querer de ser gostado. E parece que os brasileiros tornaram a vontade do cantor realidade. Depois de rodar o país inteiro em 2015 e se apresentar em diferentes cidades, Tiago decidiu fazer um registro dessa nova fase de sua carreira. Escolheu Belém para ser protagonista de seu filme por motivos pessoais e, cá entre nós, de estética, já que o Teatro Gasômetro encaixou perfeitamente para esse novo desafio.

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Filmado todo em plano sequência – um show a parte para quem gosta de cinema e fotografia – Troco Likes ao vivo é uma experiência. Quem assiste consegue se sentir literalmente no meio do show, aquele convidado especial e com visão mais que privilegiada. Com uma excelente produção, repertório todo em português e muito talento, Tiago segue o filme com uma narrativa emocionante e um show apenas voz e violão – como costumam ser a maioria de suas apresentações.

E mesmo os saudosistas, que insistem em dizer que bom mesmo era Tiago Iorc cantando em inglês, se rendem à sua poesia e irreverência. Com direção do próprio brasiliense e produção em parceria com Felipe Simas, o filme é um lindo registro do grande sucesso pop que é Tiago. Eu não posso afirmar quanto aos outros telespectadores, mas eu amei te ver!

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Resenha: Wannabe Jalva e Guri Assis Brasil @La Esquina

Por Natalia Salvador | @_salvadorna | Fotos Marcella Keller

Se a quinta-feira é a preparação para o fim de semana, no dia 22 de setembro os dias de descanso já começavam em grande estilo. A bela e agradável casa La Esquina, na Lapa, recebeu o Guri Assis Brasil e os, também, gaúchos da Wannabe Jalva – banda que participou da segunda edição do programa SuperStar – para uma noite descontraída e divertida. Recheados de conterrâneos e amigos, os shows mais intimistas fizeram o público se sentir em casa.

Guri Assis Brasil @2016

Marcando o lançamento do recente disco “Ressaca” no Rio de Janeiro, Guri entrou no palco acompanhado de grandes músicos, como o pernambucano Thiago Guerra, atual baterista da banda Fresno. O som que agrega e explora diferentes referências latinas aqueceu o público, ainda tímido. Uma das músicas de destaque, que já tem clipe, Vou me mudar para o Uruguai, mostra toda a delicadeza das composições de Alexandre.

Por volta das 23h30, quem assumia o palco eram os meninos da Wannabe Jalva, que já chegaram chamando o público para levantar e se aproximar do palco. A galera respondeu com muita dança e animação e singles como Miracle não ficaram de fora do setlist. “Essa música é um grande experimento e é a primeira vez que ela está sendo tocada ao vivo”, disse o vocalista Felipe Puperi ao introduzir o primeiro single em português da banda: Mareá. Ao se despedirem, o público pedia mais uma música e, apesar da produção parecer não concordar muito bem com a ideia, os músicos atenderam aos pedidos.

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A noite foi de pouca interação e conversa, mas de muita música. O clima diferenciado da Lapa fez o público cheio de glitter e estilo recarregar as baterias para terminar mais uma semana. Além disso, provou que prestigiar os diferentes estilos de artistas brasileiros não tem dia e é sempre uma boa surpresa.

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Resenha: OutroEu @Solar de Botafogo

Por Natalia Salvador | @_salvadorna

O dia 16 de setembro de 2016 marcou o primeiro show da banda OutroEu, no Rio de Janeiro, depois da participação no programa ‘SuperStar’. Aquela sexta-feira parecia especial para a banda e todos os fãs, amigos e familiares que ali estavam, além disso, prometia grandes surpresas. “Muitos amigos, muita gente conhecida… Obrigada por tudo. Está só começando”, disse Mike Tulio, vocalista.

Mike Tulio
OutroEu @2016

Com o Solar de Botafogo cheio, a banda começou o show com a ajuda do coro da plateia, em ‘Zade’, já que o microfone de Mike não funcionou. No repertório, apresentaram diversas músicas novas que ainda não foram divulgadas na internet e estarão presentes no CD, como ‘É de mim’ e ‘Poema de lágrimas’. Além disso, os meninos de Nova Iguaçu ainda fizeram diferentes releituras, entre elas ‘Budapest’, ‘Dona Cila’ e ‘Valerie’.

“O que dizer de vocês, galera? Eu ainda não me acostumei com isso!”, afirmou Mike, depois de ‘O que dizer de você?’. Em seguida, o vocalista ficou sozinho no palco, e a emoção acabou fazendo com que ele esquecesse as notas da música que daria continuidade ao show – nada que não pudesse ser resolvido com o apoio e o carinho do público ali presente. Mike seguiu com uma bela apresentação de ‘Somewhere Only We Know’.

Para deixar a noite ainda mais especial e cheia de surpresas, o quarteto contou com a presença de grandes amigos no palco. O primeiro a abrilhantar a noite foi Pedro Sárria, vocalista da banda Bellamore – também finalista do ‘SuperStar’. Pedro acompanhou os meninos em ‘Hold Back The River’ e, com a ajuda do guitarrista Matheus Pinheiro, eles ainda cantaram uma música autoral, ‘Teu Talento’. O outro convidado que subiu ao palco foi o ator João Cortês, juntos apresentaram ‘Waiting The World to Change’ e ‘Happy’.

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O público parecia não querer sair do teatro, o carisma e a felicidade dos meninos da OutroEu encantava até os que não conheciam muito da banda. Perto da meia-noite, ao som de ‘Coisa de casa’, eles se despediram, deixando todos ansiosos para as próximas novidades e os próximos passos.

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Resenha: Divisa, Linda Lobo e Drops 96 @Lapa Rock Experience

Por Natalia Salvador | @_salvadorna

A Lapa, no Rio de Janeiro, é muito conhecida por acomodar democraticamente pessoas de vários estilos, gostos e nacionalidades. Na noite de duas sextas-feiras atrás (26/8), o berço da boemia foi palco para o lançamento do novo EP da banda Divisa(auto)retrato’, que contou com a parceria – de peso – de bandas amigas convidadas. Ali, o fim de semana prometia começar agitado, e começou.

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Divisa @ Foto por: Rodrigo Soares Pires

Já eram mais de 22 horas, quando a banda Linda Lobo iniciou os trabalhos da noite. Além da boa música, o que chama atenção nos meninos da zona norte carioca é o carisma e a presença de palco do vocalista, Rocky Malias. Por conta de alguns atrasos, o show foi curto e acabou provocando desentendimentos entre músicos e técnicos da casa. Apesar dos sustos, deu pra notar que a alcateia da Loba sabe onde está pisando.

Logo em seguida, a Drops 96 assumiu o palco e animou o público com um show maduro e cheio de energia. O setlist trouxe diversas músicas do novo cd ‘Busque mais da vida’ e algumas releituras de Planet Hemp, O Rappa e Tim Maia, que parecem aproximar e atrair ainda mais quem não conhece o trabalho autoral da banda. Mas o ponto alto da noite ficou marcado com Mais que um olhar e Palco da vida, músicas do álbum ‘Felicidade em estar aqui’, de 2014, que contaram com a ajuda do coro da plateia aos vocais de Fábio Valentte. O sorriso no rosto dos meninos deixou a galera ainda mais ansiosa para o último show da noite.

 

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Depois de um hiato e muitas mudanças, o show de lançamento do EP ‘(auto)retrato’ marcou a volta aos palcos cariocas da banda Divisa. Além das músicas novas, a apresentação contou com covers de The Killers e até Tiago Iorc, o novo nome nacional no quesito amor em forma de música, além de faixas da outra fase da banda. Para apresentar o single ‘Coisa de gênio’, o baterista Teo Kligerman, da banda Hunna, assumiu as baquetas, dando um descanso para a apresentação dupla de Bruno Lamas. Já no fim do show, sem deixar as raízes de lado, Sempre quis traz uma melodia mais pesada e mostra que o trio voltou com – muita – vontade de ficar!

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Resenha: Altera, Audionova, Zimbra e Selvagens à Procura da Lei @Teatro Odisseia

Por Natalia Salvador | @_salvadorna

No último sábado (23/7), o Teatro Odisseia reuniu mais uma vez bandas da cena independente para um público inicialmente pequeno e tímido. O (péssimo) hábito de encher a casa para as últimas apresentações da noite parece ser difícil de mudar.

Aos 45 do segundo tempo, a banda Altera entrou no line-up e chegou como show surpresa. Por volta das 17h os paulistanos subiram no palco, cheios de energia, para mostrar as músicas lançadas recentemente no EP de estreia – homônimo. Apesar de o público ainda estar chegando ao evento, os presentes não fizeram feio e marcaram a primeira apresentação da banda na cidade maravilhosa.

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Logo em seguida, quem subiu ao palco foram os cariocas da Audionova. Com um som mais calmo, cantaram e encantaram os (muitos) casais e famílias presentes. O trio é cheio de sintonia e mostrou que quantidade não é nem de longe sinônimo de qualidade. Os caras ainda trouxeram um cover de Arctic Monkeys, ‘R U Mine?‘.

Quando as luzes do palco se acenderam em tom de azul, era sinal de que os santistas da Zimbra estavam chegando para apresentar as músicas do disco novo, “Azul“. Com uma quantidade maior de presentes, a galera acompanhava o vocalista, Rafael Costa, que, mesmo sem guitarra por algumas músicas, mostrou para o que vieram. Com a licença do trocadilho, o público “reagiu bem” à apresentação de ‘Trem‘ e tinha todas as letras na ponta da língua. Vale comentar que os instrumentos de sopro dão um toque especial à apresentação e músicas.

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Os cearenses da Selvagens à Procura de Lei foram recebidos com palmas pela galera, que acompanhou o show pulando do início ao fim. As quatro vozes se complementam no palco e acabaram ganhando uma forcinha a mais vinda da plateia. Em ‘Mar Fechado’, por exemplo, amigos se abraçaram e cantaram juntos. Na hora de ‘O Amor é um Rock 2′, a tradicional rodinha punk se manifestou e seguiu até o fim. Na última música, ‘Mucambo Cafundó’, Gabriel Aragão virou o microfone para a galera, que encerrou com a energia lá no alto. Mais uma vez, o público carioca mostrou que a banda pode (e deve) voltar mais vezes ao Rio de Janeiro.