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RESENHA: ANAVITORIA @ CIRCO VOADOR

Por Natalia Salvador

No último sábado, dia 12 de agosto, a dupla Anavitoria fez mais um show com ingressos esgotados – dessa vez em menos de uma semana -, no Circo Voador, localizado no bairro boêmio da Lapa, Rio de Janeiro. Eu já sabia que as duas eram um sucesso, um bom exemplo disso foi a criação de um selo especialmente para a contratação das meninas de Tocantis pela gravadora Som Livre. O que eu não estava imaginando era essa proporção,  com tão pouco tempo de estrada.

Anavitoria @ 2017

Mesmo com os avisos na internet e placas na bilheteria sinalizando que os ingressos estavam esgotados, era possível ver alguns fãs tentando entrar na casa até o último minuto! Mas, sem banda de abertura, o show começou pontualmente às 22 horas e 30 minutos, deixando o pessoal do lado de fora sem muitas opções. Dentro do Circo Voador, quem chegou mais tarde, tinha até certa dificuldade de ver as meninas no palco – e que palco! A produção estava impecável e o visual era encantador.

Com um show curtinho, de quase 1 hora, as duas pulam, cantam, tocam e sorriem para todos os lados do palco. E como sorriem! A dupla externa a felicidade que sente em estar no palco e, vamos combinar, dá até vontade de saber cantar só para ver se a gente fica parecido com a Vitória. A ruiva dos cabelos enrolados parece ter nascido para não fazer nada além disso: encantar quem a assiste. A voz um pouco rouca, doce e sorridente se completa com a afinação de Ana Clara. Mas é claro que, em um show sold out, no Rio de Janeiro, iria ganhar uma forcinha extra.

Anavitoria @ 2017

De Coração Carnaval a Dê um Role – cover de Os Novos Baianos que encerrou a apresentação -, o público não deixou de cantar uma música sequer! Chamego meu, Fica e Agora Eu Quero Ir ganharam os coros mais altos. Além disso, a chuva de papel picado, balões preto e branco e o mar de luzes não ficaram de fora dessa celebração.

O estilo Anavitoria encanta e vende nesse Brasil de grande diversidade cultural. Elas podem até não se encaixarem no seu perfil de sonoridade preferido, mas é quase impossível não se apaixonar por essas duas. Parece que as pupilas de Tiago Iorc e Felipe Simas ainda tem um grande caminho pela frente. E se posso dizer algo pelo público que estava ali: obrigada e até breve!

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Tiago Iorc É BOM?!

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Resenha: Tiago Iorc leva ‘Troco Likes’ aos cinemas

Por Natalia Salvador | @_salvadorna 

O quarto CD da carreira de Tiago Iorc, ‘Troco Likes’, vem mostrando para o público uma nova fase do artista. Com letras em português, o cantor afirmou, em diversas entrevistas, o desejo de se aproximar dos fãs brasileiros. No filme, Tiago explica essa necessidade de se sentir em casa no seu país e, fazendo um gancho ao nome do disco, em estar conectado com as pessoas daqui. Não podia ter dado mais certo.

Carregado de significados, Troco Likes trás em suas letras e melodias todo esse querer de ser gostado. E parece que os brasileiros tornaram a vontade do cantor realidade. Depois de rodar o país inteiro em 2015 e se apresentar em diferentes cidades, Tiago decidiu fazer um registro dessa nova fase de sua carreira. Escolheu Belém para ser protagonista de seu filme por motivos pessoais e, cá entre nós, de estética, já que o Teatro Gasômetro encaixou perfeitamente para esse novo desafio.

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Filmado todo em plano sequência – um show a parte para quem gosta de cinema e fotografia – Troco Likes ao vivo é uma experiência. Quem assiste consegue se sentir literalmente no meio do show, aquele convidado especial e com visão mais que privilegiada. Com uma excelente produção, repertório todo em português e muito talento, Tiago segue o filme com uma narrativa emocionante e um show apenas voz e violão – como costumam ser a maioria de suas apresentações.

E mesmo os saudosistas, que insistem em dizer que bom mesmo era Tiago Iorc cantando em inglês, se rendem à sua poesia e irreverência. Com direção do próprio brasiliense e produção em parceria com Felipe Simas, o filme é um lindo registro do grande sucesso pop que é Tiago. Eu não posso afirmar quanto aos outros telespectadores, mas eu amei te ver!

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RESENHA: Eu não gosto mais de Tiago Iorc

Por Gustavo Chagas (texto e fotos) I @gustavochagas

Eu não gosto mais de Tiago Iorc.

Essa foi a primeira reação que eu tive quando acabei de ouvir o “Troco Likes”, seu último cd. Não sei por que, só não bateu.

Gosto do trabalho dele desde 2008. Um show que ele fez em julho de 2009, na Hideway, foi o primeiro show que consigo me lembrar que eu fui com a Thaís, minha namorada desde então. Ano após ano nós fomos em todos os shows do Tiago Iorc que conseguirmos ir. Já o vimos na praia, em teatro grande, pequeno, com banda, sem banda, you name it.

Mas isso mudou depois que escutei o último cd. Não fui em nenhum show que ele fez aqui. Por algum motivo eu me desconectei. Mas quando vi que iria ter em Niterói, alguma coisa me fez querer ir.

Citando o filósofo Phil Dunphy, de “Modern Family”, “as coisas mais especiais podem acontecer com a gente, quando as expectativas são baixas“. E a noite de ontem não poderia ser resumida.

Sempre teve alguma histeria nos shows, mas logo nos primeiros acordes de Bossa, notei que ela tava bem maior. O coro era uníssono, alto, afinado, lindo e numa imersão que eu nunca tinha visto em um show dele.

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O show da última quinta (19) foi no Teatro Popular Oscar Niemeyer

Assim continuou com Coisa Linda, Mil Razões e outras do chamado primeiro ato. Coro alto e feliz. Não me lembro ao certo qual foi a primeira em inglês que ele tocou ontem (tô velho). Acho que foi It’s a Fluke, mas pode ter sido Nothing but a song, mas não importa. O que notei foi que, apesar de serem clássicos necessários da carreira dele, o engajamento da galera não foi tão absurda quanto nas outras.

Foi nessa hora que notei o por que eu nunca tinha vista um coro tão alto nas dezenas de vezes que já o tinha visto ao vivo: ele, e quem o escuta, haviam mudado totalmente. Pode parecer idiota, mas eu só fui entender o por que da escolha em cantar português. A barreira que faltava ultrapassar pra atingir um publico maior era a da língua.

Parece óbvio por que é, mas eu não entendi de cara. Pode ser protecionismo de fã velho, e é. Mas ainda bem que fui ontem. De presente eu (e todo mundo) ganhei uma versão linda de Sentimental, do Los Hermanos.

O último cd foi tocado quase que na íntegra, e ainda teve as habituais Música inédita, Um dia após o outro, Forasteiro, Sorte, entre outras.

Não vou usar de recursos trocadilhísticos e escrever que eu amei te ver, mas sim que ainda bem que eu fui te ver.

Eu ainda gosto de Tiago Iorc.