Por Alan Bonner | @Bonnerzin | Fotos @GustavoChagas
Em tempos de fim da Rádio Cidade/RJ e com os meios de comunicação mais populares dando cada vez menos espaço para o rock e suas vertentes, uma pergunta ronda a cabeça de quem é fã do estilo: o rock está “morrendo”? Bem, para quem esteve no Imperator (no bairro do Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro) no último dia 13/07 a resposta, com certeza, é não. E quem justifica a resposta são as arrebentadoras Hover, Stereophant e Far From Alaska, que comemoraram o Dia Mundial do Rock com uma festa inesquecível para quem estava lá.
Quem abriu os trabalhos foi uma das favoritas do Canal RIFF. Os petropolitanos da Hover entregaram, como esperado, um ótimo show, com um setlist dominado por músicas do álbum “Never Trust The Weather”. A banda mostrou, em sua segunda passagem pelo palco do Imperator, que já está mais do que pronta para os grandes palcos e públicos, pela boa presença de palco e pela boa música que fazem ao vivo.
A seguir, os cariocas da Stereophant subiram ao palco para um show que fez os presentes se empolgarem muito! Vimos mosh pits, refrões cantados em voz alta e uma interação bastante próxima com o público, que parece já acompanhar a banda há tempos. E, claro, uma sonzeira absurda, com destaque para a guitarra criativa de Vinicius Tibuna. Com certeza, o show mais divertido de se assistir da noite.
Por fim, tivemos a banda que, junto da Scalene, vem encabeçando o novo front de batalha do rock brasileiro e que vem mostrando que o estilo está longe de estar acabado por aqui. Trata-se dos potiguares da Far From Alaska, que estão lotando casas ao redor do Brasil (e do mundo, tendo ganhado o prêmio de banda revelação no MIDEM Festival 2016 e feito vários shows nos EUA). E não é por acaso. A banda faz no palco um som bem semelhante ao que é o álbum de estúdio “modeHuman”. A qualidade dos músicos impressiona bastante, sem contar no carisma incrível de toda a banda, principalmente da vocalista Emmily Barreto. Um show obrigatório para o fã de rock do mundo todo.
Quem diz que o rock está morrendo ou que não tem mais espaço talvez só não compreendeu ainda que os tempos mudaram e ele ocupa outros lugares. Não está mais na TV e no rádio. Está na internet, e, principalmente, num lugar onde sempre esteve: nas casas de shows. Sejam elas pequenas, médias ou grandes. Distantes ou próximas. A melhor maneira de se experimentar o rock é pessoalmente, frente a frente, ao vivo. Essa é a melhor forma de se apoiar as bandas (em todos os sentidos, principalmente o financeiro) e manter viva a chama desse estilo que amamos. Portanto, quem ainda tem dúvidas precisa parar de se questionar e ir até as bandas e os shows, para que a pulsação se mantenha e nosso querido rock não morra.