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Resenha: Nove Zero Nove, Syren, Cara de Porco e No Trauma @Roquealize-se | Marechal Hermes

Por Igor Gonçalves | @igoropalhaco | Fotos: Jefferson Braga

Riffeiros, sábado (16/7) foi o dia do Roquealize-se! O vacilão que vos escreve se deslocou até Marechal Hermes para assistir (parte) desse festival que comemorou três anos de existência. Já começo com um pedido de desculpas às duas primeiras bandas (Back in Drive e Intrépida), já que não consegui chegar a tempo de assistir e deixo prometido aqui minha presença em futuras oportunidades.

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Syren @2016 | Jefferson Braga

Sem quaisquer sons de sirene, Syren subiu ao palco. A banda (que já é bem conhecida no underground, elogiada por famosos músicos e produtores internacionais e com uma turnê na América Latina na bagagem) apresentou um heavy metal seguro, bem característico e com uma poderosa setlist composta por dois álbuns já lançados. O vocalista tem uma voz poderosa e o guitarrista dá conta dos solos já esperados no gênero. Senti falta de uma segunda guitarra para adicionar peso ao som. Essa questão de adicionar novos membros é mais complicada do que parece. Vai além de encontrar um guitarrista bom. O quesito mais importante na verdade acaba sendo entrosamento. Gostei muito da Syren e com certeza irei à futuros shows. Vou torcer para que encontrem (se estiverem procurando) um guitarrista base pois seria (na minha opinião) uma excelente adição!

Algo que me surpreendeu muito no evento foi a quantidade de famílias formadas que compareceram. Crianças corriam para todos os lados, mas principalmente entre os brinquedos que foram postos ali na praça. Isso com certeza contribuiu para o clima alegre do evento. A organização do evento disse que achou muito importante ver a futura geração ali presente. Algumas das crianças podem muito bem se tornar público desse festival e de outros semelhantes quando a hora chegar. Segundo os organizadores do evento (Renan Sparrow, Alysson Bravo, Henrique Ralsi, Indio Dimc, Paula Puga e Thays Gabrielle), com certeza foi o maior público geral dentre as edições do festival.

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Nove Zero Nove @2016 | Jefferson Braga

Em seguida, a queridinha da Lapa assume o palco. A Nove Zero Nove (Spoiler alert: em breve terá material conosco no YouTube e uma singela entrevista com a Presidenta! #descubra) já havia conquistado meus ouvidos com seu (auto-intitulado) rock alternativo e suas letras extremamente presentes. O show foi arrebatador. A presença de palco absurda deles torna impossível que você não, no mínimo, balance a cabeça. Teve roda. Teve sing along. Teve emoção. O instrumental é de qualidade e… Enfim. Conquistaram mais um fã.

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Cara de Porco @2016 | Jefferson Braga

A eficiência da Cara de Porco em unir os sentidos das palavras amor e violência é absurda. O show punk da banda se resume à uma roda digna do gênero, figurinos exóticos e muita… MUITA energia gasta. Cheguei a tomar uma generosa cotovelada no rosto e perdi um pouco de sangue no meio da roda, mas como diz o lema e refrão da banda: “Quem tá no rock, é pra se fuder!”. Eu descreveria a Cara de Porco como “hematomas divertidos”. Já o guitarrista da banda (Lucas Rodrigues) disse que descreveria a banda como “nada agradável” (o que me fez lembrar da cotovelada…). Mesmo com o prejuízo, o show terminou e deixou um claro sentimento de “quero mais”.

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No Trauma @2016 | Jefferson Braga

No Trauma foi a última banda da noite e já teve problemas causados pela chuva ainda durante a montagem do palco, o que afastou o público menos compreensivo e paciente. Após os impedimentos climáticos, os mais sábios e pacientes foram recompensados com a excelência da que considero uma das melhores e mais profissionais bandas do underground nacional. O Viva Forte Até o Seu Leito de Morte (álbum lançado no final de maio) está um prato cheio para os metaleiros de plantão. As qualidades sonoras e técnicas das músicas são surpreendentes! O ao vivo das músicas é ainda melhor.  A bateria microfonada e o peso vindo da guitarra e do baixo se somam com o gutural e deixam o headbanging ainda mais prazerosos. Você que tá passando pela bad, invista seu tempo num show da No Trauma. As letras lhe arrancarão de lá e o instrumental colocará seus ânimos lá em cima!

Fiquem ligados contarei nos próximos dias como foi minha aventura por Guapimirim com Surra (SP), Maieuttica (RJ), Sobcerco (RJ) e outras no último domingo.

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