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Resenha: The Maine @Circo Voador

     Por Natalia Salvador | Fotos: Thaís Huguenin

A banda americana The Maine desembarcou no Rio de Janeiro, no domingo, dia 23 de julho, para o último show da turnê Lovely Little Lonely no país. Para mim, esse era o primeiro contato com a banda e, para os fãs que ali estavam parecia que todo encontro é como se fosse a primeira vez. Depois de passar por São Paulo, Limeira, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte e serem acompanhados por muitos desses fãs por essas cidades, era hora de lavar a alma, mais uma vez, no palco do Circo Voador.

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Michael Band @2017

Para começar a aquecer a noite – quase – fria na cidade maravilhosa, Michael Band, ex-integrante do grupo P9, se apresentou e foi muito bem recebido pela plateia ansiosa. Com o apoio de Felipe Lopes – baixista da banda OutroEu -, Michael apresentou músicas autorais, com uma pegada mais folk, que combinam muito com a voz suave. Além disso, o carioca se arriscou com uma versão apenas voz e violão de Take Me Dancing e a galera acompanhou em alto e bom som, dando uma pequena amostra do que estava por vir.

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The Maine @2017

Com um cenário simples, mas muito bonito, John O’Callaghan (vocal), Kennedy Brock (guitarra e vocal), Jared Monaco (guitarra), Garrett Nickelsen (baixo) e Pat Kirch (bateria) subiram no palco arrancando gritos e suspiros de uma platéia cheia de paixão. Eu sempre tive amigas fãs de The Maine, mas eu nunca tinha visto essa relação de perto. Logo nas primeiras músicas se tornou muito difícil ficar parado, aquela história de energia que contagia.

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The Maine @2017

Guardem seus celulares para essa próxima música e dancem. Vocês pagaram por isso, vamos estar aqui juntos, sem desculpas”, convidou John, em uma das muitas trocas que o vocalista tem com o público durante o show, antes de puxar o coro para a faixa de My Heroine. Outra música que ganhou destaque na noite entre solos e entusiasmo foi Ice Cave. E é claro que essa banda, com essa proximidade com seus fãs, não deixaria de atender a um pedido. “Nós tocamos essa música em Brasília, mas vocês sabem como é, não praticamos muito. Vamos precisar da ajuda de vocês”. E mais uma vez, Taxi foi adicionada ao set list de última hora, para alegria de todos.

Como já é de costume, John chamou uma pessoa para ajudar a cantar no palco Girls Do What They Want. O sortudo da vez foi o Vitor, lá de Maceió, e que também estava vivendo a experiência The Maine pela primeira vez. Os dois ainda escolheram mais uma fã, a carioca Mariane mal conseguia se conter de tanta emoção. Os dois cantaram abraçados e aproveitaram aquele momento único.

 

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The Maine @2017

Quase no fim do show, John falou do quanto é importante sentir as emoções e deixar que elas se libertem de nós. Segundo ele, podemos ficar tristes e felizes mas, acima de tudo, temos que ser bons uns para os outros. Foram tantas alegrias naquelas 1 hora e 30 minutos de música, tantos sorrisos, tanto carinho, tantos rebolados, que os problemas com o microfone não atrapalharam em nada a noite.

 

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Depois de tanto tempo acompanhando isso tudo de longe, me senti feliz por finalmente entender um pouquinho do que se passava no coração das minhas amigas fãs de The Maine no ensino médio. “Obrigada por acolherem a gente no seu país, nós amamos muito vocês. Se cuidem e a gente se vê”, afirmou o vocalista ao se despedir. É, John, o Brasil também ama muito vocês e, sem dúvidas, já não vê a hora para encontrar vocês de novo. Quem sabe não rola uma segunda primeira vez pra mim também?


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Resenha: The Maine @ Arena Futebol Clube

Por Gabriel Menezes e Tayane Sampaio

Brasília pode te proporcionar algumas experiências interessantes. Tipo ir no show de uma banda gringa que tem quase 800.000 likes no Facebook, mas parecer que você está no show daquela banda do underground nacional, que ainda tem poucos, mas fervorosos, fãs. Isso praticamente resume o show do The Maine em Brasília.

Na última sexta-feira (21), os estadunidenses fizeram o pequeno palco do Arena Futebol Clube ficar gigante.  Em turnê com o novo disco, Lovely Little Lonely, a banda voltou ao Brasil pela quinta vez, apesar dessa apresentação ter sido a estreia do quinteto em Brasília. O show, com clima intimista, virou praticamente um culto, tamanha a dedicação dos fãs em cantar (muito) alto todos os versos de todas as músicas.

Os integrantes do The Maine não foram os primeiros a subir no palco, pois a abertura ficou por conta de Michael Band. Michael, que estava acompanhado apenas de seu violão, fez uma apresentação encantadora. O folk muito bem tocado conquistou os ouvidos da plateia, que, apesar da ansiedade para a apresentação principal, recebeu muito bem o músico e até fez alguns pedidos de música. O cantor, que se declarou fã do grupo do Arizona, foi escolhido pela própria banda para abrir os shows de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.

Michael Band | Por Tayane Sampaio

Logo depois do show de Michael e dos devidos ajustes no palco, foi a vez do The Maine aparecer, minutos depois dos fãs puxarem um coro apaixonado de “Into Your Arms”. John O’Callaghan, o vocalista do grupo, começou o show pedindo pra galera guardar os celulares e curtir um show de rock como as pessoas faziam antes dos smartphones. A banda já abriu o show com muita energia, ao som de “Black Butterflies & Dèjà Vu”, faixa do novo álbum, que os fãs cantaram a plenos pulmões. Em seguida, eles tocaram “Am I Pretty?”, que fez as poucas pessoas que estavam mais contidas também tirarem o pé do chão.

The Maine | Por Tayane Sampaio

Não é só John que tem uma presença de palco impecável, a sinergia dos músicos é fantástica. Garrett Nickelsen (baixo), Kennedy Brock (guitarra), Jared Monaco (guitarra) e Pat Kirch (bateria) não param um segundo e também não deixam o público ficar parado. John disse que queria ver todo mundo suando e realmente conseguiu. Logo no começo do show, em “Like We Did (Windows Down)”, ele subiu na grade e dividiu o microfone com o público. Os fãs retribuíram o carinho e a entrega da banda com balões brancos, durante a balada “(Un)Lost”.

The Maine | Por Tayane Sampaio

Durante toda a apresentação, houve uma troca de energia muito boa entre público e banda. Kennedy e Garrett eram só sorrisos. A animação estava tão grande que o quinteto deixou a triste “Raining in Paris” fora do setlist e tocou “Taxi”, música que nunca tinha sido tocada ao vivo e era uma das mais pedidas pelos fãs brasileiros, desde que a tour começou.

Um dos pontos altos da apresentação foi “Girls Do What They Want”, um clássico do grupo. Nessa hora, o vocalista já tinha se desfeito da jaqueta e da camiseta e foi assim que ele foi parar no meio da galera, rodeado pelos fãs que gritavam a letra da música e pulavam sem parar. John voltou ao palco com dois ajudantes, Tatyana e Fillipe, pra terminar de cantar a música no palco.

https://www.instagram.com/p/BW8DrfflN-h/?taken-by=stonebellbr

O show reuniu canções de vários momentos da banda, de discos mais recentes até os mais antigos. O pedido de “zero phones” de O’Callaghan foi ignorado, mas, ainda assim, foi um momento muito bonito de conexão entre artista e fã. Depois de pouco mais de uma hora de total catarse, a despedida foi ao som de “Another Night on Mars”.

O show é um dos que vale muito a pena ver ao vivo. Sem dúvidas, foi uma noite memorável. Os caras amam o Brasil e, provavelmente, vão voltar em breve. Então, se você ainda não foi a um show do The Maine, não perde a próxima chance!

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