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Resenha: Esteban + Elektra + Tay Galega @Democráticos

Por Felipe Sousa | @Felipdsousa | Fotos: Natalie Oliver

Saudações riffeiro! No sábado da última semana (12/11), estivemos no Democráticos Social Club, na Lapa, prestigiando mais um evento promovido pela Cena Rock Produtora, uma das mais atuantes no Rio de Janeiro. O evento celebrava o segundo aniversário da produtora, que escolheu Esteban Tavares (com a turnê “Saca La Muerte de Tu Vida”), Elektra (com a turnê de Lançamento do EP “De Volta Na Terra”) e Tay Galega (com a turnê de lançamento “O Tempo Voa”) pra comandarem o show.

O palco do Democráticos não foi escolhido por acaso, a produção do show contava com a presença de um bom público, tendo em vista principalmente o excelente evento realizado quatro meses antes, com o mesmo Esteban, em uma outra casa de show tradicional do Rio. O ambiente era agradável, o espaço interessante, a qualidade de som era boa e a proposta da casa tornava o show bem intimista. Infelizmente, no entanto, o público não compareceu em peso. Mas isso não impediu de ser uma noite bem interessante.

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Tay Galega e Esteban @2016

Já era fim de tarde quando Elektra subiu no palco. Pra quem não a conhece, ela iniciou sua carreira em 2007 com a banda Fake Number, de onde saiu em 2010 pra dar inicio ao seu projeto solo. No show, a cantora se mostrou bem à vontade com o público, que por outro lado a recebeu bem e cantava junto. Sua participação teve como ponto alto a música “Memória Seletiva” que tem Leo Ramos (Supercombo) parceiro na composição, a canção sem mostra com uma pegada bem pop, com melodia e letra fáceis de grudar na cabeça. A paulista ainda arriscou um cover de “Bang” da Anitta.

A segunda apresentação ficou por conta da cantora e compositora Tay Galega. Natural de Blumenau (SC) e atualmente com 23 anos, ela já aparece com uma das boas revelações de 2016 e deve pintar forte no ano que vem. Cantando músicas de sua carreira, que tem uma vibe reggae/pop e com influências em Armandinho e Natiruts, a catarinense comandou com muita simpatia o show. Com sua namorada presente durante quase todo o tempo no palco, criou-se um clima bem romântico. Prato cheio pra um público que foi fiel às canções da Tay.

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Esteban @2016

Pra encerrar com chave de ouro a comemoração, Esteban subiu no palco. Pra delírio dos fãs. O músico gaúcho que se recupera de uma cirurgia na perna, e que por isso estava há algumas semanas sem tocar, aparece pela segunda vez em quatro meses no Rio de Janeiro. Em agosto, em outro evento da Cena Rock, o colorado fez um grande show no Teatro Odisseia. E diferente desse show, onde Tavares resenhava bastante sobre sua vida e suas letras entre uma canção e outra criando uma interação muito grande com o público, no Democráticos ele optou por buscar um ambiente mais vibrante, e engatou uma música atrás da outra. Músicas essas que flutuaram por toda sua carreira. Não era de se esperar menos do que um grande coro do público. E foi isso que ouvimos durante toa a apresentação, o público muito ativo nas canções. A apresentação ainda contou com a presença da Tay cantando uma música de sua autoria junto com Esteban.

Como a própria Cena Rock fala, ela está ali pra levantar a cena carioca, sejam bandas, sejam casas de show. Depois de dois anos promovendo belos eventos, fica aqui nossa dica, acompanhem o trabalho dos caras. E que muitos outras como esse venham.

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Riffeiro, a gente sempre procura os melhores shows e eventos pra mostrar pra vocês que nossa música vive. E vive bem. Então não esquece de seguir a gente nas redes sociais e ficar por dentro do que está rolando por aí. Contamos sempre com vocês!

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Resenha: Supercombo + Radioativa + Alaska @Democráticos

Por Natalia Salvador  | Fotos @_salvadorna & Marcella Keller

Depois de muita espera e ansiedade, o primeiro show da Tour Rogério, álbum lançado em julho de 2016, pela Supercombo, aconteceu. Formada em Vitória, no Espírito Santo, a banda já tem quase 10 anos de estrada e esse é o seu quarto álbum. Com uma mistura de ritmos, conceito bem amarrado, letras divertidas, inteligentes e o carisma que já é marca registrada. As expectativas para essa festa eram as melhores e não decepcionou.

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Alaska @2016

Com uma hora e meia de atraso e uma fila que dava voltas no quarteirão, as portas do clube Democráticos se abriram e os paulistas da banda Alaska já estavam no palco. Depois de uma rápida passagem de som, os meninos já engataram com um show que levantou a galera. Os primeiros da fila puderam acompanhar tudo de pertinho e cantavam com animação e euforia as músicas do cd ‘Onda’, lançado em agosto do ano passado. Para compor a canção Exílio, os meninos contaram com a participação especial de Thiago Pádua, vocalista e baixista da banda Sarina. Mas o ponto alto da apresentação da Alaska costuma ficar para o fim: o coro da platéia acompanhou em alto e bom som o final marcante de Vista.

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Radioativa @2016

Logo em seguida, quem assumiu o palco foram os cariocas da banda Radioativa. O pop rock apresentado por Ana, Felipe, Fabrício, Denny e Rodrigo deixou o público ainda mais ansioso para o último show da noite. Pontuando suas influências e reforçando a ideia de que é importante e preciso apoiar o rock nacional, a banda apresentou um cover de Sete vidas, da cantora baiana Pitty. Além, de claro, diversas músicas autorais que passearam por diferentes fases e trabalhos desses sete anos de estrada.

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Supercombo @2016

A galera já não aguentava mais de ansiedade quando a Supercombo, finalmente, subiu no palco. A banda abriu o show com a música Jovem do último cd, e nesse momento ficou claro que a noite seria de grandes emoções. Apesar de recente, o público cantou com toda a força que os pulmões podem alcançar. Eles seguiram com uma sequência que incluiu músicas dos trabalhos anteriores, passando por Fundo do Mar e Saco Cheio.

Com muita luz e interação, o novo aparato tecnológico, que ajudava a compor o cenário, chamou bastante atenção e deixou a festa ainda mais bonita e interessante. Outra novidade que merece ser comentada é o baterista Maick Sousa, que assumiu as baquetas de Raul com excelência. Para fortalecer ainda mais a ideia de que é importante reconhecer e ressaltar o rock nacional, o vocalista Leo Ramos e o tecladista Paulo Vaz, fizeram uma versão acústica de Surreal, da banda Scalene.

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“Toda vez que a gente vem aqui dá vontade de chorar, o Rio de Janeiro é emocionante”, afirmou a baixista Carol Navarro, que, em entrevista ao Canal RIFF, contou amar o fato dos cariocas sempre fazerem as famosas rodinhas punk nos shows. Se para os músicos a noite foi especial, para os fãs ela foi inesquecível. Quem deixou o Democráticos na madrugada de sábado, saiu de alma lavada.