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Oxy, Alexander von Mehren, Greni e Sondre Lerche @Canteiro Central

Por Aline Barbosa (fotos) e Tayane Sampaio (texto)

No primeiro sábado de dezembro (02), o Espaço Cultural Canteiro Central recebeu a última edição do ano do Brasilia Sessions. Em parceria com o Norsk Fest, evento que tem o intuito de divulgar a cultura norueguesa no Brasil, e com apoio da Embaixada da Noruega no Brasil, o projeto trouxe à cidade os músicos Alexander von Mehren, Greni e Sondre Lerche. Pra completar o line-up e manter a tradição de promover artistas locais, a banda Oxy foi a primeira a subir no palco.

A Oxy, desde a primeira música, conseguiu se livrar do estigma de banda de abertura e mostrou que estava no mesmo patamar dos outros artistas que pisariam naquele palco. A segurança da vocalista, Sara Cândido, contrasta com o rosto jovem e o pouco tempo de atividade do grupo. Dançante, Sara lidera a banda, que também é formada por Blandu Correia (guitarra), Lucas Eduardo Pereira (guitarra),  Marcelo Vasconcelos (bateria). Thiago Neves assumiu o baixo nessa apresentação.

Oxy | Por Aline Barbosa

Representante do shoegaze, a banda conseguiu pegar o gênero oitentista e dar uma cara atual e cheia de personalidade. A apresentação do grupo, baseada em seu primeiro EP, homônimo, lançado este ano, é bem interessante e mistura elementos do dream pop e uma pitada de rock psicodélico. A Oxy é uma das bandas mais interessantes dessa nova fase da música do DF e foge de todos os clichês do rock brasiliense. É bom ficar de olho nessa galera!

Alexander von Mehren, que também toca com Sondre Lerche, foi o primeiro artista norueguês a se apresentar. Acompanhado de Chris Holm (baixo) e David Heilman (bateria), o pianista tocou músicas do seu álbum de estreia, Aéropop (2013), além de uma inédita. As composições do músico são cativantes e ele tem um repertório que conta com músicas instrumentais, que bebem na fonte do jazz; músicas em francês, com uma pegada mais pop; e em inglês, com carinha de Beatles.

Alexander von Mehren | Por Aline Barbosa

Alexander tem uma técnica e intimidade incrível com o instrumento. Mas, mesmo com essas pequenas variações em seu repertório, ficou a impressão de que se a apresentação se estendesse demais ficaria monótona e até um pouco deslocada. Talvez, se o artista fosse o primeiro a se apresentar faria mais sentido.

O clima “chill out music” ficou no passado assim que Øystein Greni pisou no palco. O músico, ex-vocalista de uma das principais bandas de rock da Noruega, a Bigbang, ainda carrega toda a energia do rock and roll nas suas músicas e performance. Empunhando sua guitarra, acompanhado de Waldemar Unstad (baixo) e Kristian Syvertsen (bateria), Greni já começou o show mostrando seu lado pop, que foi eternizado em seu primeiro álbum solo, Pop Noir, lançado no começo deste ano.

Greni | Por Aline Barbosa

Experiente no mundo da música, Greni fez uma apresentação recheada de participações do público. O músico foi na beira do palco, arrancou acompanhamento com palmas, em várias músicas, e fez a galera cantar “Can I Be the Song” juntinho. Em meio às explosões de energia da banda, alguns momentos foram reservados para as necessárias baladas, que sempre funcionam muito bem. Eu, que não conhecia o artista, fiquei surpresa com algumas pessoas na plateia cantando todas as músicas.

Pra finalizar a noite norueguesa, Sondre Lerche deu início à sua apresentação com uma das músicas mais dançantes do seu último álbum, a agitada “Soft Feelings”. A música, com uma batida extremamente pop, abre muito bem o último lançamento de Lerche, Pleasure (2017), assim como o show. A euforia do músico foi tão grande que ele acabou enroscando a guitarra no pedestal.

Em um momento mais calmo e acústico, Sondre pegou seu violão e revisitou o começo de sua carreira. Em “Modern Nature”, música do seu primeiro álbum, Faces Down (2001), o artista ganhou ajuda do público, que fez bonito no contracanto. O músico também incluiu no setlist músicas de outros álbuns mais antigos, como o Two Way Monologue (2004) e Phanton Punch (2007).

 

No palco, Sondre é muito elétrico. Ele não para quieto, sempre indo de um lado ao outro e até subindo nas caixas de som pra ficar mais perto do público. Durante o show, ele foi se empolgando, tirando peças de roupa, e terminou sem camisa, no meio do público, dançando abraçado às pessoas. Depois disso, o músico foi pro camarim e sua banda (David Heilman, Chris Holm e Alexander von Mehren) emendou numa jam alucinante, que deve ter durado mais de 20 minutos e funcionou muito bem com a cenografia de palco. No começo, o público continuou ali, esperando o retorno pro bis, mas depois perceberam que Lerche não retornaria. Esse fim de show foi um dos mais esquisitos e legais que já presenciei.

A nona edição do Brasilia Sessions ficou marcada pelos ritmos dançantes, alegria e pelas belíssimas projeções (com muitas imagens de Brasília, inclusive) que passavam no fundo do palco. Uma ótima forma de terminar o ano!

 

 

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Você pode acompanhar as novidades do Brasília Sessions clicando aqui. 

 

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Brasilia Sessions surpreende em sua última edição do ano

Por Tayane Sampaio

Se você acompanha as resenhas que postamos aqui no site, provavelmente já conhece o Brasilia Sessions. Quem não conhece, tá perdendo tempo! O projeto, que sempre promove novos artistas locais e proporciona o intercâmbio musical entre artistas de todo o país, dessa vez, trará à Capital três artistas gringos. Em parceria com o Norsk Fest, evento que acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro, e com apoio da Embaixada da Noruega no Brasil, a nona edição do Brasilia Sessions apresentará os noruegueses Sondre Lerche, Greni, e Alexander von Mehren, além da incrível banda brasiliense Oxy.

Sondre Lerche retorna ao país para apresentar seu último trabalho, o dançante Pleasure (2017), um álbum carregado no synthpop. Sondre, que tem uma relação próxima com a música brasileira, desde o início de sua jornada musical, já se apresentou em Recife, Fortaleza, São Paulo e Porto Alegre, em 2015.

Greni, ex-vocalista da banda de rock Bigbang, também já esteve no Brasil. Essa será sua quarta visita ao País, segunda como artista solo. Muitas vezes intitulado como representante da surf music norueguesa, Oystein Greni está divulgando seu último disco, Pop Noir, lançado também este ano.

O pianista, compositor e produtor Alexander Von Mehren fecha o line-up norueguês dessa edição do Brasília Sessions. Alexander tocará músicas do seu álbum de estreia, Aéropop (2013), além de novas composições.

A prata da casa, dessa vez, é a surpreendente Oxy. Do shoegaze ao dreampop, passando pelo psicodélico, a banda, que teve sua estreia no começo do ano, está ganhando os palcos da Cidade e os ouvidos de quem acompanha a cena local. Liderada por Sara Cândido e Blandu Correira, a Oxy representará muito bem a efervescente cena musical brasiliense.

A venda dos ingressos já está acontecendo, pela plataforma Sympla, e os preços variam de R$ 35,00 (meia-entrada, segundo lote) a R$ 100,00 (ingresso + meet and greet com Sondre Lerche ou Greni). O primeiro lote de ingressos está esgotado.

SERVIÇO
Ingressos: http://bit.ly/BrasiliaSessions-NorskFest
Data: 02/12/2017 (sábado)
Horário: a partir das 21h
Local: Canteiro Central
Mais informações: http://www.facebook.com/brasiliasessions