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Resenha: Guns N’ Roses @Estádio Mané Garrincha

Por Bruno Britto

E havia quem dissesse que o Guns N’ Roses nunca mais seria o mesmo.

Domingo, dia 20 de novembro, foi último show da turnê “Not In This Lifetime Tour” em terras tupiniquins. O local escolhido para tal encerramento foi o Estádio Nacional de Brasília, o Mané Garrincha, e o que ocorreu foi realmente digno de tal palco.

Desde cedo observávamos a presença dos fãs no local, tanto em filas como na área externa do estádio, confraternizando e compartilhando a ansiedade. O evento foi bastante organizado, com as filas fluindo de forma surpreendentemente rápidas e bastante sinalizado.

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O show de abertura ficou por conta dos brasilienses da Plebe Rude, que fez um show bastante empolgado, principalmente por estarem tocando em casa. O público, apesar da casa ainda não estar cheia, aplaudida bastante. A banda mostrou muita maturidade e uma excelente relação com a platéia, que já ficou bastante animada para o que vinha a seguir.

Eram por volta das 20h45 quando foi ouvido o primeiro grito de Axl Rose, que entrou no palco acompanhado de Slash, Duff Mckagan, Frank Ferrer, Richard Fortus, Dizzy Reed e Melissa Reese. Ao som de “It’s So Easy”, a banda iniciou o show, para delírio dos presentes. Logo em seguida, executaram “Mr. Brownstone” e a faixa que deu o nome ao último álbum, “Chinese Democracy”, cantada em uníssono pelos presentes. O público já estava completamente rendido ao Guns N’ Roses nesse ponto.

Axl mostrou que realmente recuperou bastante da sua qualidade vocal ao cantar “Welcome To The Jungle”, que levou a galera ao delírio, já emendando com a agitada “Double Talkin’ Jive”. Em seguida, o clima ficou um pouco mais lento, com a belíssima “Sorry”. “Better”, “Estranged”, “Live and Let Die” e “Rocket Queen” não deixaram ninguém ficar desanimado, mesmo que a chuva, bastante forte antes do show, já retornasse, ainda que tímida.

Logo após tocarem “You Could Be Mine”, vemos Duff Mckagan tomar a frente (e vocais) da banda para ouvirmos  “Can’t Put Your Arms Around A Memory” e “Attitude”. Após isso, os versos iniciais de “This I love” chegaram para emocionar a todos os presentes, com destaque para o solo magistral de Slash. “Used To Love Her” também foi muito bem recebida por todos, com um clima inclusive de nostalgia. Porém, foi em “Civil War” que a banda chegou ao ápice do show, sendo a música da noite. “Coma” também não ficou atrás, sendo a banda ovacionada ao perceberem que a música seria tocada.

Após tantos clássicos, Slash nos presenteia com um solo e o tema de “The Godfather”, para depois performar os riffs de “Sweet Child o’ Mine” para completo delírio do público presente no Mané Garrincha, que cantarolava até o solo da música. “Out Ta Get Me” veio para dar uma acalmada nos ânimos, até que Slash e Richard Fortus fizeram o instrumental de “Wish You Were Here”, do Pink Floyd. E como tocou esse Fortus! O guitarrista saiu extremamente consagrado após o show, sendo bastante elogiado por todos.

Em um momento bastante simbólico, a chuva na capital federal voltou, trazendo com ela a bela “November Rain”, em um momento emocionante, onde era possível observar grande parcela do público em lágrimas. “Yesterdays” também continuou a onda de emoção, sendo uma das grandes surpresas do setlist e abrindo as portas para uma das mais esperadas da noite, “Knockin’ On Heavens Door”, momento de maior interação da banda com os fãs. “Nightrain” veio depois e encerrou a primeira parte do show, onde a banda saiu do palco agradecendo a todos.

A gritos de “Guns-N’-Roses” do público, o grupo voltou executando “Angie” e a balada “Patience”, tão famosa por sua introdução. “The Seeker”, do lendário grupo The Who e “Paradise City” vieram para encerrar de vez o show.

O público saiu bastante satisfeito e alegria era contagiante. Muitos, inclusive, ainda ficaram na área externa do estádio, em um momento de muita euforia e de felicidade. Pelo que foi observado, Brasília vai falar desse show por muito tempo.


Gostaria de agradecer ao amigo, e riffeiro por um dia, Saymon Oliveira pelo auxílio nas fotos e vídeos.

setlist

Guns N’ Roses Setlist Estádio Mané Garrincha, Brasília, Brazil 2016, Not in This Lifetime

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5 motivos para 2016 ser O ano de Axl Rose

Por Bruno Britto | @brunosbritto

Axl Rose sempre foi um cara polêmico. O vocalista do Guns N’ Roses passou por momentos difíceis na sua carreira nos recentes anos, sendo duramente criticado pela mídia especializada e por muitos fãs da banda, que não acreditavam mais na competência do frontman. Mudanças repentinas na formação da banda, atrasos nos poucos shows realizados pelo “Guns” recentemente, além de performances um pouco aquém de seu potencial, foram alguns dos fatores que motivaram essa desconfiança.

Entretanto, o ano de 2016 parece ser um marco na carreira de Axl Rose. O cantor parece estar diante de um dos mais triunfais retornos da história do rock. E claro, o Canal RIFF não poderia deixar de citar os 5 motivos para 2016 ser O ano de Axl Rose.

  1. O retorno da relevância

Coachella 2016

Axl estava muito afastado da mídia e pouco se via falar sobre o cantor nos recentes anos. Com exceção do fatídico show no Rock in Rio de 2011, tanto o cantor como a própria banda estavam bastante afastados dos principais holofotes, apenas realizando apresentações esporádicas. Porém, um dos fatores desse retorno triunfal foi a colaboração de Rose com outra grande banda.

  1. Turnê com AC/DC

Axl and Angus

Brian Johnson foi afastado do AC/DC. Axl Rose foi chamado para ser o substituto. 7 mil pessoas devolveram ingressos para o show que seria realizado na Bélgica. Tudo ocorrendo de maneira súbita. Parecia ser a receita para uma catástrofe. Porém, além de um aparente sério compromisso firmado entre as partes, fomos surpreendidos por algo que muitos fãs tanto ansiavam.

  1. Vocal em alto nível

Guns

Axl não apenas assumiu um dos maiores postos que um vocalista pode sonhar, mas o fez de maneira majestosa. Através dos vídeos disponibilizados na internet, podemos observar o frontman cantando de maneira muito superior ao que vinha fazendo anteriormente. A atuação do mesmo em músicas do AC/DC tem sido bastante elogiada. E isso ainda se torna mais surpreendente se observamos um fator extra.

  1. Superação

Axl perna

Muitos afirmavam que o vocalista do Guns N’ Roses parecia ter perdido a vontade de estar nos palcos. Criticavam suas performances, chamando-as de genéricas e que o mesmo não tinha mais interesse em mostrar sua música, fazendo seu trabalho exclusivamente pelo dinheiro. Quando Axl Rose continuou a se apresentar, mesmo com a perna quebrada e não deixando a desejar, tais afirmações vieram por terra. E o melhor ainda estava por vir.

  1. O retorno da formação clássica (ou parte dela) do Guns N’ Roses

Axl e Slash

Ver Axl Rose e Slash compartilhando o mesmo palco parecia algo utópico. Os dois maiores ícones da banda pareciam que nunca mais se apresentariam juntos. E então aconteceu, com DuffMckagan também retornando para o lugar de onde nunca devia ter saído. Os holofotes estão novamente voltados para o Guns N’ Roses e, após o excelente primeiro show no Troubadour, os fãs ao redor do mundo não aguentam mais esperar.

Dúvida? Tire suas conclusões com os vídeos abaixo.

No Festival Coachella, em abril:

Com o AC/DC, em maio: