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Resenha: Silversun Pickups + Cage The Elephant @Circo Voador

Por Gustavo Chagas (texto e fotos)

QUE SEMANA!! Amigos, que semana!!

Eu sempre gosto de mês que tem o Lolla, porque parece que tudo fica mais musical. O quanto eu gosto de música aflora nessa época. O Lolla, como bem disse a linda Thais Zichtl, me faz gostar mais de música.
Todo ano eu começo a ouvir pelo menos uma banda nova e me apaixono. A desse ano foi o Silversun Pickups. Muito também dessa descoberta se deve a insistente recomendação de Ricardo Baianinho, nosso editor.
Gostei muito, de cara! Voz andrógina do Brian, o baixo pesado da Nikki, a linha reta, mas tresloucada da batera do Chris e a programação viajada do Joe, me remetia ao que eu mais gostava de ouvir nos anos 90. Aquele pós grunge boladão de raiz.
Os assisti em São Paulo (#chupaduranduran) e, já tinha ficado muito feliz tanto com a resposta do público, que conhecia bastante, quanto a performance da banda, já que eu tinha medo que aquele vigor do disco não transparecesse ao vivo. Ainda bem que o medo era infundado.
Como eu já falei, eu adoro essa época de Lollapalooza. Muito também porque ela proporciona que tenha aqui no Rio shows menores das bandas que tocam no festival. Eu já assisti shows INCRÍVEIS e, em lugares menores, por causa disso. Foster the People, Skrillex, Three Days Grace, TWENTY ONE PILOTS…
O show do Silversun Pickups foi feito pra ser tocado em um lugar menor. O show dessa quarta foi poderoso! A acústica do circo pareceu que foi projetada pro som deles. A cada palhetada que a Nikki dava, o grave batia e você sentia na alma. Essa mesma alma que era cortada a cada riffada e a cada grito do Brian. A mesma alma que balançava no groove do Chris e também a que contemplava o Joe. A alma que saiu lavada.
Nightlight’, ‘Circadian Rhythm’, ‘Panic Switch’, ‘Lazy Eye’, todas foram tocadas com intensidade e atenção a cada nota, numa tentativa de retribuir cada grito e gota de suor que o público estava entregando à banda. O som deles soa sincero. E, todo ano no Lolla, tem os candidatos a banda que daqui a pouco vão se tornar enormes. Os meus desse ano são o Catfish e o Silversun. Eles tem que ser grandes. As pessoas tem que ouvir o som deles. Tem que.
Ah, teve o show do Cage The Elephant também.
Maravilhoso. Intenso. Vigoroso. Inesquecível. Escolha um dos adjetivos e aplique ao show.
Sabe o que parece o show do Cage? É como se alguem pegasse aquelas duas obras primas do Guy Ritchie (‘Snatch’ e ‘Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes’), e transformasse esses filmes em música. Eu os classifico a partir de agora como indie-de-pub britânico-cinematográfico-mosh-stage dive-boladão.
Mick Jagger já pode se aposentar, pois já temos um substituto a altura. Matt Shultz é o melhor frontman que o indie já produziu! Eu dúvido que alguém vá ao show e não se sinta contagiado pela presença dele.

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Que noite! Que semana! Que alegria! Até o ano que vem, mês maravilhoso do Lolla!

Cage the Elephant Setlist Circo Voador, Rio de Janeiro, Brazil 2017

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