Por Alan Bonner | @Bonnerzin | Fotos Gustavo Chagas
A residência da Agência Milk em parceria com a produtora Speed Rock na Vizinha 123 (Botafogo, Rio de Janeiro) começou da melhor maneira possível! Tivemos a oportunidade de curtir, em plena quarta-feira pré-olímpica (03/08/2016), o encontro entre os visitantes sul-mato-grossenses da Codinome Winchester e os anfitriões cariocas da menores atos.
Para falar sobre a Codinome Winchester, primeiro precisamos imaginaro seguinte cenário: um Dave Grohl made in Brasil na bateria, um baixista que parece ter saído de uma banda de folk rock, uma dupla de guitarristas que produzem um som bem modernoso e um vocalista que é a mistura de Ney Matogrosso com Ozzy Osbourne com vários efeitos vocais. Agora imagine aquela galera que faz uma viagem par ao Rio de Janeiro pela primeira vez e a empolgação que os acomete ao avistar a praia, o Cristo e o Pão de Açúcar. Essa foi a vibe do show da Condinome Winchester. E que show! E que banda! O som impressionou muito os presentes, mesmo aqueles que já conheciam o material apresentado. O som dos caras ao vivo se compara a uma volta de montanha-russa de olhos vendados: você nunca sabe o que está por vir e sempre se surpreende positivamente quando vê o que é. Destaque para a performance do vocalista Fillipe Saldanha, um frontman como manda o figurino: voz ótima, afinação, e uma interação com o público que, como diz Mano Brown, é “talvez até confusa, mas real e intensa”. Fica a ótima primeira impressão que a banda deixou em terras fluminenses e a sensação de que, se a banda fosse de um grande centro, já teria uma repercussão muito maior.
Após essa loucura sonora, foi a hora de chegar mais para frente do palco para soltar a voz ao som dos nossos favoritos da menores atos. E elogiar os caras aqui no Canal RIFF é chover no molhado: já fizemos session com a banda, resenhamos vários shows, escrevemos matérias e em breve publicaremos uma entrevista. Decidimos, então, por ver o show sob outra perspectiva, a dos fãs. E é incrível como as pessoas parecem se identificar com as letras. As letras são berradas por todos, não só pela beleza que elas tem, como também pela verdade que elas transmitem. Um grito intenso, de quem passou por tudo aquilo que Cyro e companhia vão narrando ao longo de todas as nove músicas que a banda toca quase sempre que se apresenta. Ah, só pra não deixar de elogiar: um showzaço, “curto porém braseiro”, como de costume. Os meninos estão a cada dia mais entrosados no palco e o som continua redondo e tocante. E é por isso que não enjoamos e vamos a todos: todo show da menores é como se fosse o primeiro. Já foi em algum? Não perca a chance. Faça esse bem para seu coração e sua alma.