Por Raphael Simons (texto e fotos) I @raphasimons
Nessa noite de sexta a casa Rock Experience Club, na Lapa, recebeu quatro bandas que trouxeram uma bagagem gigantesca de novidades. O evento produzido pela Be Magic e com apoio Scelza Produções abraçou com dignidade a causa do metal nacional.
Mesmo sendo uma noite chuvosa, tempo que espanta qualquer carioca, a casa encontrava-se bem cheia e isso mostra que está viva a força do headbanger brasileiro.
Abrindo a noite a estreante, com integrantes cascudos do cenário, The Black Rook, que executou a sua primeira apresentação e simultaneamente o lançamento do álbum físico, não deixou a desejar. Mesmo com pouquíssimo tempo assisti a um público que acompanhou cantando em uníssona voz em vários momentos o vocalista Flavio Senra. Flavio agradeceu retribuindo com uma excelente performance e a banda mostrou um ótimo trabalho.
Então, o palco se escureceu e pudemos ouvir uma abertura de cantos indígenas e algumas pessoas gritando “Tupã!”. Esse era o preparativo para o início do show do Tamuya Thrash Tribe. A banda que está em finalização do aguardadíssimo novo álbum, ‘The Last of the Guaranis’, estremeceu o local e o público presente. E não é exagero desse que vos fala: as guitarras, baixo e bateria estavam ensurdecedores e muito bem executados.
Representando o Levante do Metal Nativo, um movimento que funde o metal com elementos musicais, folclore, cultura e história da nossa nação, a banda apresentou algumas novas músicas que fizeram o público ficar enlouquecido. Com um pedido do vocalista Luciano Vassan, começou a ser rufado na bateria o que seria o início de Da Lama ao Caos, do Nação Zumbi, e assim foi cantado um trecho como introdução a mais uma nova música. O show foi encerrado com a já conhecida e adorada pelo público Immortal King.
Após, subiu ao palco a banda Syren, que já é bem conhecida por todos. Fazendo uma apresentação primorosa também trouxe novidades. Antes formada por um quarteto ou “carteto” nas palavras do vocalista Luiz Syren, agora ela possui um novo integrante, um novo guitarrista – Alirio Solano, que não parava um momento. Colocando assim mais peso e mais solos em suas músicas, Syren se solidifica cada vez mais na cena e ganha mais respeito do público.
Encerrando essa noite maravilhosa, a já aguardada e recepcionada calorosamente, o Hibria subiu ao palco. A banda de Porto Alegre, criada em 1996, e já conhecida mundialmente, especialmente no Japão, onde há certeza de casa cheia, foi simpaticíssima com o público e fez o show de power metal. Lançando seu sexto disco, homônimo, Iuri Sanson cantou absurdamente durante todo o show, e acompanhado por integrantes totalmente técnicos que mostraram o poderio e reconhecimento mundial que merecem. Um show impecável. Músicas excelentes.
Lembrando que esse evento foi beneficente e toda a sua arrecadação será revertida para o abrigo de animais, Santuário das Fadas, que faz um trabalho de resgate a animais de fazenda que sofreram maus tratos, negligência e abuso. Fica localizado em Itaipava, região serrana do Rio de Janeiro.
Confira a galeria de fotos:
Uma resposta em “RESENHA: Metal em noite de festa beneficente no Rio”
[…] E quando uma banda brasileira dedica-se a unir ao thrash metal letras que contam trechos sobre a nossa história e questões políticas sociais. E quando essa mesma banda nos surpreende com a divulgação da capa do seu novo álbum, intitulado The Last of The Guaranis – nome de uma das canções. Estamos falando da banda de metal nativo Tamuya Thrash Tribe. […]
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