Fotos: Lucas Alves
Poucas bandas independentes brasileiras tem repercutido tanto quanto a Two Places at Once. Com base no Rio de Janeiro mas com um toque latino-americano, a banda formada por Renan Rocha (voz e guitarra), Rodrigo Soares (guitarra), Victor Barbosa (bateria) e o chileno Juan Salinas (baixo) tem sido nome frequente nos principais palcos de música independente do país, passando por festivais como o DoSol e o Mada e eventos como o Rio Novo Rock.
Mais recentemente, a banda lançou o single Breathe (com direito a clipão dirigido por Derick Borba), que já ultrapassou a marca de 50 mil reproduções no Spotify. Além disso, a banda teve a moral de ser escolhida para dividir o palco com a Nothing But Thieves em sua turnê pelo Brasil, no mês de agosto.
Com toda essa repercussão, o RIFF precisava que falar com os meninos sobre essa maré de novidades. Confere aí como foi o papo!
RIFF: Vocês estão divulgando o single novo e gravaram um clipe da música com o ótimo Derick Borba e seu Gravando Bandas. Como foi a experiência? Alguém de vocês fez tablado? Ficaram ótimos na frente da câmera.
Renan: Não! Nenhum de nós nunca fez tablado! (risos). O Derick frisou muito a questão de termos um clima de set saudável e que todos interagissem (banda, produção, alunos). Isso então deu uma liberdade enorme a todos, e nos sentimos muito à vontade no ambiente. Acho que esse fator contribuiu muito para ficar um resultado bem bacana!
RIFF: Vimos que o single, bem como boa parte do trabalho de vocês, foi gravado no Estúdio Superfuzz, que recentemente encerrou as atividades. Como é ter uma banda numa cidade cada vez mais violenta e com menos lugar para fazer música? E quais alternativas vocês veem para as bandas independentes sobreviverem no Rio?
Juan: Falando de Rio, realmente as opções para o cenário independente, principalmente de rock e afins, é meio duro… algumas casas que davam mais abertura fecharam, mas tem um pessoal que ainda tá fazendo um trabalho legal pela cena, como o pessoal do Rio Novo Rock, Rock in Real, Rock no Parque, entre outros, e é legal ver que ainda assim tem muitas bandas que ainda estão na luta e bandas novas surgindo! Sempre rola alguma banda boa nova quando somos chamados para tocar em alguns eventos.
RIFF: Falando de coisa boa agora: vocês receberam o convite par abrir os shows da incrível Nothing But Thieves no Brasil. Falem um pouco sobre a reação ao convite, a expectativa para os shows e a relação de vocês com a banda.
Rodrigo: Um amigo nosso chamado Yoshi nos apresentou a banda em 2015. Desde então, a banda se tornou uma das nossas favoritas, e estávamos torcendo para os caras virem ao Brasil. Quando a Tree Produções entrou em contrato e nos convidou para abrir a turnê, a gente curtiu pra caralho! Então, acho que vocês podem imaginar que a gente tá bem animado pra agosto chegar logo!
RIFF: E esse álbum novo? Quando ouviremos as novidades da Two Places? O que a banda quer trazer no novo trabalho?
Renan: A gente ainda tá num estágio um pouco à frente do embrionário do futuro álbum. Estamos nos concentrando agora em compor, pra em um espaço curto de tempo começarmos a explorar isso com mais pretensão. Mas é claro, a gente já tem uma certa direção do que queremos, e está sendo um trabalho, pelo menos inicialmente, muito mais desafiador do que o nosso primeiro álbum.
RIFF: Para fechar: indiquem cada um uma banda ou artista e digam por que nosso público deve prestar atenção neles.
Renan: Son Lux. O primeiro e o último álbum têm me influenciado demais.
Victor: Lovedrug
Juan: Alaska!
Rodrigo: Cathedrals, que eu tenho ouvido bastante nesses últimos dias. Tô pirando nos timbres e nas ambiências de voz, linhas de guitarra e na parte rítmica das músicas.