Por Lorena Nascimento | @lorenallori | Fotos Gustavo Chagas
Era setembro de 2003, aquela banda inglesa de rock alternativo, que tocava diariamente no “repeat” do meu mp3 player, viria pela primeira vez ao Brasil; eu precisava ver e ouvir de perto aquele quarteto.
Que eu me lembre, foi em um dia de semana, bem à noite. Eu tinha 15 anos, aula no dia seguinte e nenhum dinheiro. Os meus amigos também. Como fazer pra arrumar ingresso, companhia e alguém pra me levar até o ATL Hall?
Chegou o dia e nada de ingresso, companhia ou carona. 19 hrs, 20 hrs, 21 hrs… Coldplay tocando no mp3 player… “Pai, o show vai começar, acho que já ate começou! Vamos lá comigo, você não pode me levar não? Eu fico lá na porta… quem sabe não consigo entrar?! *cara de cachorro abandonado”
Funcionou! (OBRIGADA, PAI!!)
Eu não sei como, mas, quando vi, já estava lá dentro, encantada e emocionada com os lasers verdes de Clocks, e puxando assunto com algum desconhecido que tava do meu lado, que também chorou e cantou comigo quando tocou In My Place.
A Rush Of Blood to the Head Tour foi emocionante, e também intimista. Com um público de aproximadamente 8000 pessoas, Chris, Guy, Jonny e Will estavam ainda tímidos e monocromáticos, e os únicos (porém muito marcantes) efeitos luminosos desse show foram os lasers.
Teve Coldplay em 2007 em São Paulo, não teve eu… Teve Coldplay em 2010 na Apoteose, não teve eu… Teve Coldplay em 2011 no Rock in Rio, teve eu, ridícula, assistindo de casa, emocionada e tirando fotos da TV.
Abril de 2016, aquela banda inglesa de rock alternativo, que tocava diariamente no “repeat” do meu mp3 player, tinha mudado, crescido, se transformado (assim como eu), e viria pela quinta vez ao Brasil; eu precisava ver e ouvir de perto aquele quarteto.
Quando recebi a confirmação do credenciamento pro show do Coldplay no Maracanã, comecei a ler e a pesquisar sobre os outros shows da turnê A Head Full of Dreams. Confesso que me intriguei quando li “Coldplay mostra pop sem brilho e rock frouxo em show de pirotecnia”, uma resenha onde a apresentação da banda em São Paulo é comparada à uma micareta, e o clima, ao de uma aula de ginástica (?).
Cheguei no show curiosa e ansiosa. De cara rolou uma chuva de papel, em A Head Full of Dreams, música que abriu a noite. As pulseiras recebidas pelo público, que acendiam e mudavam de cor de acordo com as músicas, fizeram da plateia um show à parte.
Em Yellow, segunda música da noite, o carismático Chris Martin solta um “Boa noite, pessoal! Que alegria estar no Rio, Cidade Maravilhosa!”, em alto e bom portugês. Foi bom, né?! =p
Logo ao final da terceira música, Every Teardrop is a Waterfall, tem mais chuva de papel, e até fogos de artifício. O espetáculo segue com The Scientist, Birds e Paradise.
A banda agora segue pela passarela que invade a pista, e toca Everglow, Princess of China (com direito a Rihanna no telão), e Magic.
De volta ao palco principal, chega a hora mais nostálgica pra mim: Clocks levanta ainda mais o público, que chega ao ápice do brilho (será?) quando começam a tocar Charlie Brown, logo em seguida.
A partir daí, meus amigos, tenho que confessar que não aguentei: larguei meu lápis, celular e meu bloquinho, e “fui pra galera” rs, me joguei! Ainda bem que o Gustavo pegou o setlist e o Guilherme vai colocar aqui pra vocês, porque se dependesse das minhas anotações, o show teria acabado aí! ;]
Conclusão…
A banda está mais pop? Está.
Minhas músicas preferidas continuam sendo os hits de 2003?
Continuam.
Isso faz do show algo ruim? Não, Brasil!
Foi um espetáculo, em um dos lugares preferidos do carioca. Sob um céu estrelado, e uma chuva de confetes, balões, fogos e luzes, o Maracanã vibrou, coloriu, cantou e se emocionou durante as 2 horas de show.
Com certeza o Coldplay tornou a noite de muitos, uma noite inesquecível.
2 respostas em “Resenha Coldplay: A head full of dreams, a sky full of stars e um Maracanã full of lights”
Simples assim!
Se gerou felicidade e olhos brilhantes, tá valendo e muito!
Parabéns Lorena!
Deu pra sentir sua emoção e até fantasiar o brilho dos seus olhos! Rs
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