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RESENHA: Muse ao vivo – expectativa x realidade

Por Gustavo Chagas (texto e fotos) I @gustavochagas

Eu nunca dei tanta atenção pro Muse até 2013. No dia em que eles foram headliners do Rock in Rio, a banda que eu mais queria ver era o Offspring. Ainda bem que eu gosto de Offspring, senão eu teria perdido um dos melhores shows que eu já vi na vida.

O que torna algo em algo especial? Pra mim é quando a realidade supera a expectativa. A realidade naquele dia de RiR era ‘tomara que esse show seja curto porque eu tô cansado’. Eu não estava preparado pra aquilo. Supremacy e Panic Station, as duas primeiras do show, vieram com um jab e um direto limpos e potentes no meu queixo. “Puta que pariu!!”, eu conseguia falar isso até o show acabar.

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Um ano depois eu fui pra vê-los no Lollapalooza. Dessa vez, a expectativa tava beeem maior. Na semana do show sai a notícia de que o Matt estava com problemas na voz. A expectativa virou preocupação. O que poderia ser um baita problema, acabou se transformando numa benção disfarçada. Pra compensar a falta de voz do vocalista, o Muse abusou dos seus famosos intros e outros (teve HEAD UP DO DEFTONES), tocou um cover do Nirvana (!!!!) e escolheu músicas obscuras, como a desconhecida Yes Please. Expectativa superada pela realidade once again.

2015. Pelo terceiro ano seguido eles vem pra cá. E dessa vez em um lugar no qual eu poderia assisti-los de bem mais perto! Seguindo nessa p.g. expectativa exponencial, dessa vez eu ficava me perguntando: O que vai ser diferente dessa vez?

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Na semana do show eu recebo uma notícia que me deixou mais feliz do que quando eu ganhei o boneco do Shiryu, o Canal RIFF conseguiu o credenciamento para cobrir o show!!!!! HOLLY MOTHERFUCKER!!!! EU VOU PODER FOTOGRAFAR O MUSE!!!!! MOTHERFUCKING MUSE!!!!!!!

Chego no HSBC Arena. Sou credenciado. Tomo café. Preparo a câmera. Assisto ao show da Kita. Fudeu. É agora!

Sou encaminhado ao fosso dos fotógrafos. Eu, que na vez que assisti mais de perto um show deles, foi a uns mil km de distância, tava a ali há poucos metros. Antes de começar, a realidade ja tinha chutado o traseiro gordo da expectativa. Eu não tiro foto em show há tanto tempo, não sei se pegava mal transparecer que eu era . Essa dúvida rolou ate o segundo acorde de Psycho, a música que abriu o show.

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Nas duas seguidas, Reapers, e o clássico Plug in baby, eu e toda HSBC Arena estávamos pulando. The Handler (MELHOR música do último CD), a porrada dubstep Unsustainable, a pegajosa Dead Inside e porrada Hysteria vieram na sequência. Pedida em peso desde o show do ano passado, a jurássica Muscle Museum foi finalmente tocada, e a galera fez questão de mostrar pra banda o quanto eles estavam felizes.

Com uma sequência matadora com os seus maiores sucessos Supermassive Black Hole, Time is Runnig Out, Madness entre outras, o Muse, depois de pouco mais de uma hora de show, deixa o palco. No bis estiveram presentes a nova Mercy e a épica, grandiosa e malevolente Knight of Cydonia. Mais alguém dá um chutinho no ar quando vai começar aquela parte pesada dessa mésica? Ou só eu e a minha mulher fazemos isso? Me avisem!

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De uma forma ou de outra, o Muse arruma um jeito de pegar a expectativa e subvertê-la. Na próxima, mesmo que você não seja tão fã da banda, vá. Sério. Vá! Já na minha próxima, vou com as expectativas zeradas, por que melhor que essa sequência de três shows que eu fui, é impossível ter.

Ouviu, realidade?

  1. setlistPsycho
  2. Reapers
  3. Plug In Baby
  4. The Handler
  5. The 2nd Law: Unsustainable
  6. Dead Inside
  7. Interlude
  8. Hysteria
  9. Muscle Museum
  10. Apocalypse Please
  11. Munich Jam
  12. Madness
  13. Supermassive Black Hole
  14. Time Is Running Out
  15. Starlight
  16. Uprising
    BIS:
  17. Mercy
  18. Knights of Cydonia
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4 respostas em “RESENHA: Muse ao vivo – expectativa x realidade”

Putz que bom que a realidade superou suas expectativas!!! No meu caso, não pude ir no RIR mais pela tv pude “sentir” o que estava perdendo… Adoro a banda a séculos mas show é show.
No ano seguinte, comprei o ingresso pro Lolla e na sequência o para o pocket show Q eles fariam… Expectativa elevada a potência máxima… Vem a notícia do problema na voz do Matt, depois cancelamento do pocket… Cheguei no Lolla com o coração na mão, sem saber o que esperar… Aí logo de cara eles mandam New Born… #morri!!!
Veja, era meu primeiro show do Muse e eu espera aquele momento a no mínimo uns 8 anos. O show foi mt mt mt foda, mas é a voz né? Eu queria tudo do Muse naquele dia… Voz, riffs, quebradeira… No final sai do Lolla feliz, principalmente com o Setlist mais pra mim ficou faltando algo…
Amanhã estarei lá na premium, ansiosamente esperando tudo o q sei q eles são capazes… Tiro, porrada e bomba!!!!!!

Ah tb dou chutinho no ar na KOC….

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Também fui no Lolla 2014 pra ver eles fiquei pirado no show mesmo com o Matt doente, quando tocaram Lithium do Nirvana eu fiquei louco aheuaheua, e eu dou chutinho no ar quando vai pra parte mais pesada de New Born!

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Primeira vez que vou a um show, porque até então nenhuma banda tinha me dado vontade e do início ao fim eu só conseguia falar: Porra, que foda!
Foi maravilhoso. Superou fácil as expectativas!
No próximo show, que espero que não demore, eu vou de pista premium, porque vale muito a pena!!!

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