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Resenha

Resenha: Mayer Hawthorne @Blue Note

Por Gustavo Chagas (texto e fotos) I @gustavochagas

Mayer Hawthorne fez duas apresentações esgotadas no Rio de Janeiro no último dia 24 de janeiro, e, que sorte de quem foi! Provavelmente, foram os melhores shows que ninguém ficou sabendo esse ano na cidade. O show aconteceu no Blue Note, filial carioca do tradicional clube de jazz Nova Iorquino, que tem capacidade pra cerca de 350 pessoas.

Em sua quarta vez no Brasil (segunda que eu assisto), Mayer Hawthorne mostrou que tem um público fiel aqui, e desde a volta as raízes mais dançantes em seu último disco “Man About Town“, de 2016, eu tava esperando muito a volta dele por aqui.
Estranhei quando vi que iria ser um show com a plateia sentada, já que os shows dele costumam ser agitados. Demorou um pouco pra eu me acostumar, mas assim que me toquei que não tinha ninguém atrás de mim, e que eu poderia levantar pra dançar a hora que quisesse, dei uma relaxada.
Deu pra ver o que Hawthorne estava a vontade com aquela formatação de plateia, já que aquela era a segunda sessão do dia. E, amigos, que show! Ele tocou absolutamente tudo que um fã poderia querer ouvir. “Designer Drug“, “Fancy Clothes”, “Back Seat lover”, “Henny and Ginger Ale”, marcaram o inicio do show e cobriram bem a fase mais recente da sua carreira. Umas das minhas preferidas, “Crime”, parceria de Mayer com o rapper Kendrick Lamar, foi o ponto alto da noite!
Com a plateia totalmente conquistada, Mayer Hawthorne comecou a mandar varios hits de sua fase mais antiga. “Just Aint gonna work out”, “I wish it would rain”, “Green Eyed Love”, até fechar a primeira parte do show, com todos os convidados já de pé, com a dançante “The Walk”.
Confesso que perdi a voz com “Maybe so, Maybe no”, primeira musica do bis.
Tenho como meta em 2018 ir a pelo menos 100 shows. Esse foi o sexto. E ainda faltando 94 shows, duvido que esse saíra do meu top 5 do ano.
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Entrevista Resenha

Resenha: Tim Bernardes @ Theatro Net

Por Natalia Salvador

Recomeçar foi um dos discos brasileiros mais comentados em 2017. O lançamento de Tim Bernardes, fora da banda O Terno, foi muito esperado e superou às expectativas do público e da crítica. Os shows de lançamento têm sido feitos de maneira mais leve e tranquila, por isso, cada capital por onde Tim passa aguarda ansiosa pela oportunidade de desfrutar deste espetáculo ao vivo. O Canal RIFF não poderia perder a oportunidade de estar presente neste dia tão especial e, de quebra, ainda batemos um papo com o multi-instrumentista. Confira!  

Tim Bernardes @ 2018

O cenário simples e minimalista nos fazia sentir como se estivéssemos dentro de um quarto com Tim. Era o momento dele nos mostrar seu íntimo, da maneira mais verdadeira que poderia. Em entrevista exclusiva, o cantor contou como foi lançar um trabalho solo. “Foi um processo completamente diferente dos discos que eu já tinha feito com O Terno. Eu sempre fui 100% focado na banda e, vira e mexe, compunha uma canção que tinha uma pegada bem mais pessoal”, explicou. O paulista ainda disse que escolheu músicas que, de alguma forma, tinham a ver com a temática de estar sozinho, de ver uma estrutura ruir – seja por uma mudança, um relacionamento, etc -, e o silêncio. “O disco é o meio do caminho, o limbo até, de fato, algo recomeçar. O tempo que eu guardei essas músicas eu não tinha nem coragem de mostrar para as pessoas, deixava elas guardadas e de tempo em tempo eu ouvia e continuava gostando delas”, concluiu.

Se as gravações já são emocionantes, ao vivo a coisa fica ainda mais bonita! Acompanhado de um piano e duas guitarras, onde se divide a cada música, Tim apresentou músicas do álbum solo, suas composições com O Terno, além de versões de canções de outros artistas. No meio de lindas performances de Jorge Ben Jor, Gilberto Gil, Black Sabbath, Belchior, entre outros, o grande destaque da noite ficou por conta de Soluços, música de Jards Macalé. Entre as canções da banda, Volta e Melhor Do Que Parece, presentes no último disco, não ficaram de fora do set list. Além disso, a iluminação baixa também te transporta para o universo de Tim.

Tim Bernardes @ 2018

O público cantava mais tímido a maioria das músicas, pareciam estar ali apenas observando e absorvendo o que o multi-instrumentista havia preparado. “Eu to bem feliz! Eu sabia que estava fazendo um disco e que eu achava as canções bonitas, estava caprichando e que seria algo que eu, como ouvinte, gostaria de ouvir. Mas eu não tinha certeza do quanto eu queria lançar e expor ele num primeiro momento, que eu ainda estava tímido. No meio do processo, que eu vi ele tomando força e virando uma grande coisa assumi a ideia de lançar mesmo, fazer clipe, divulgação e chegar no máximo de pessoas possível. Até agora é o disco que eu mais consegui me realizar musicalmente”, confessou.

Dentre as músicas de Recomeçar, a que mais se destaca é Não. Ao vivo isso não seria diferente. Além dela, Tanto Faz, Quis Mudar, Talvez, Ela Não Vai Mais Voltar, As Histórias do Cinema, e Ela, não ficaram de fora do set list – e nem poderiam. A verdade é que, conforme o show vai avançando, mais a gente quer ouvir. É como se fosse aquele grupinho de amigos tocando na sala em mais uma reunião entre vocês, você só quer ficar ali curtindo aquele momento por um tempinho. Mas uma hora, infelizmente, chega ao fim.

Tim Bernardes @ 2018

Mas se engana quem pensou que Tim deu um tempo. Além de seguir apresentando Recomeçar pelo Brasil afora, o cantor tem importantes encontros marcados com O Terno. A banda se apresenta no segundo dia do Lollapalooza Brasil e os meninos estão animados. “Eu acho que vai ser legal, vão pessoas do Brasil inteiro. To com essa sensação de que vai ser o maior encontro mundial de fãs d’O Terno até então”, contou sorrindo. E as surpresas não param por ai, Tim contou ao Canal RIFF que eles estão com um novo show, renovado, e querem curtir esse momento. Mas, também estão ensaiando coisas novas e parece que vem novidade por ai! Então fica ligado no Tim Bernardes, na banda O Terno e não da mole de perder.

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